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terça-feira, 21 de abril de 2015

Procuradores orientaram depoimento de políticos na PGR, escanteando a PF


Esta semana, o STF suspendeu depoimentos da Lava Jato programados pela Polícia Federal. Jornal sustenta que delegados descobriram que procuradores ligaram para políticos e disseram que eles podem se dirigir à sede da PGR para prestar depoimentos, escanteando a PF
Jornal GGN - O despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, suspendendo depoimentos da Lava Jato programados pela Polícia Federal para esta semana tornou pública a queda de braço entre os membros do Ministério Público Federal e da Polícia Federal que compõem a Força-Tarefa da operação que investiga esquemas de corrupção na Petrobras.
Zavascki atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, por sua vez, reagiu a uma resposta "atravessada" do delegado-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Segundo publicação do Estadão desta sexta-feira (17), Janot procurou o delegado-geral para avisar que alguns políticos investigados na Lava Jato avisaram que preferem prestar esclarecimentos na sede da PGR. Daiello teria avisado a Janot que a PF apenas cumpre o que lhe foi orientado, e sustentou que mudanças no plano de trabalho devem ser feitas via STF.
O Estadão afirma, entretanto, que delegados descobriram que, na verdade, os políticos foram procuradores diretamente por membros do MPF para que os depoimentos fossem feitos na PGR, escanteando a Polícia Federal. 
"Ocorre que ao averiguar por que razão os investigados não queriam mais depois para os delegados, a PF descobriu que não era a PGR quem estava orientando os alvos, o que aprofundou a crise. Coube ao ministro José Eduardo Cardozo, titular da Justiça, tentar buscar o consenso [entre Janot e Daiello].”
Publicamente, o ministro do STF Marco Aurélio Mello disse que a divergência entre os órgãos pode atrasar a Operação Lava Jato. Outro ministro, em reservado, disse à imprensa que a "divergência entre os dois órgãos é histórica".
Após o episódio da suspensão dos depoimentos, a Associação Nacional dos Procuradores sustentou, em nota, que respeita o trabalho da Polícia Federa, mas observou que isso não significa que a entidade reconheça as "pretensões da PF em assumir tarefas perante o Judiciário que não lhe competem”.
Desde que a Operação Lava Jato começou a produzir denúncias escandalosas na mídia, um descompasso entre as autoridades que integram a investigação ficou visível. Em alguns momentos, reclamações sobre a tentativa de omitir que políticos estavam sendo investigados para evitar que o trabalho fugisse das mãos do juiz Sergio Moro e equipe foram sublinhadas. Em outros despachos, Zavascki observou que cabe à PGR investigar quem tem foro privilegiado.
Em tempo
O Estadão também publicou que o deputado Paulinho da Força (SD) saiu da CPI da Petrobras e retirou o pedido de quebra de sigilo telefônico contra Janot e Cardozo. Paulinho alegou apenas que tem outras prioridades e que não pode ficar na comissão.

http://jornalggn.com.br/luisnassif

2 comentários:

  1. E Janot + Cardoso -o minístro sem credibilidade e autonomia mais após de virar porta voz/defensor do PT.

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  2. A POLÍCIA FEDERAL AINDA É UMA INSTITUIÇÃO EM QUE DEPOSITO CREDIBILIDADE. ELES HONRAM A IMAGEM CONQUISTADA. HAVERÃO DE CONTINUAR LUTANDO PARA MORALIZAR ESTE TRABALHO

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