Translate

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

PGR pede abertura de inquéritos contra Renan, Jader e Delcídio

Por: Laryssa Borges, de Brasília



Apuração vai investigar indícios de lavagem de dinheiro e corrupção. Presidente do Senado já responde a outros inquéritos resultantes das investigações da Operação Lava Jato.

A Procuradoria-geral da República encaminhou nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos para que sejam abertos dois novos inquéritos para investigar os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS) por indícios de lavagem de dinheiro e corrupção. Os casos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator das ações sobre o escândalo do petrolão na Corte.
Os dois pedidos de inquérito estão em segredo de Justiça e envolvem também o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado pelos investigadores da Lava Jato como o preposto de Renan Calheiros no esquema de cobrança de propina em contratos fraudados na Petrobras.
Renan Calheiros já responde a outros inquéritos resultantes das investigações da Operação Lava Jato. Em um dos casos que motivou a abertura de investigação contra o presidente do Senado, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa informou às autoridades que Renan recebia dinheiro de empreiteiras contratadas pela estatal, realizava as negociatas em sua própria casa e recolhia propina da Transpetro, subsidiária da Petrobras então controlada por Sergio Machado, seu aliado. Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-diretor da Petrobras disse ter sido apadrinhado na Petrobras pelo PP e pelo PMDB e afirmou ter se reunido na casa do senador Romero Jucá (PMDB-RR), na casa Calheiros e também com o deputado Aníbal Gomes para discutir propina.
As diversas referências a Renan nos autos da Lava Jato, incluindo as recentes delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Baiano, demonstram, segundo o Ministério Público, que o peemedebista atuava no esquema de corrupção e fraudes em contratos na Petrobras. A força-tarefa de procuradores questiona as doações eleitorais recebidas pelo senador, apontando que várias empresas estavam envolvidas no esquema de corrupção de parlamentares e que elas utilizavam o sistema de doações eleitorais para camuflar o real objetivo das movimentações de dinheiro: o pagamento de propinas.
Já o lobista Fernando Baiano disse que repassou propina a integrantes do PMDB por conta da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de contratos de sondas. Em acordo de delação premiada, conforme revelou VEJA, Baiano contou que o esquema de corrupção na área internacional da Petrobras começou em 2006, no governo Lula, e envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Jader Barbalho (PMDB) e o ex-ministro Silas Rondeau, que, após o mensalão, substituiu Dilma Rousseff na pasta de Minas e Energia. Todos negam as acusações.
O presidente do Senado se manifestou sobre a questão por meio de nota:

O Presidente do Senado, Renan Calheiros, reitera que suas relações com as empresas públicas nunca ultrapassaram os limites institucionais. O Senador já prestou os esclarecimentos necessários, mas está à disposição para novas informações, se for o caso. O Senador acrescenta ainda que nunca autorizou, credenciou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros.

Os 5 grupos terroristas que mais matam no mundo

Boko Haram

O Boko Haram, cujo nome pode ser traduzido para ‘educação ocidental é proibida’, foi considerado o grupo terrorista mais mortal pelo Índice Global de Terrorismo 2015. No total, foram 453 ataques, 6.644 mortes e 1.742 feridos pelos jihadistas, que atuam principalmente na Nigéria, Camarões e Chade. Em abril de 2014, o grupo chocou o mundo ao sequestrar 273 meninas de uma escola em Chibok, na Nigéria, que desencadeou a campanha global chamada #BringBackOurGirls (#DevolvamNossasMeninas). Um ano e meio depois, mais de 200 garotas ainda estão desaparecidas



Estado Islâmico


O Estado Islâmico age principalmente na Síria e Iraque e tem como característica a brutalidade - decapitações, crucificações e execuções coletivas. Em 2014, foram 1.071 ataques protagonizados pelo grupo terrorista, nos quais 6.073 pessoas morreram e outras 5.799 ficaram feridas. Os sunitas do EI, que surgiram de uma dissidência do braço da Al Qaeda no Iraque, aspiram conquistar a região do Levante, que inclui Israel, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria. O grupo opõe-se ao regime do ditador Bashar Assad na Síria e ao governo xiita no Iraque. Afirma estar travando uma guerra sagrada contra os muçulmanos xiitas, os cristãos e os yazidis, um grupo étnico-religioso no Iraque e na Síria.




Talibã

Surgiu na década de 80 para combater a invasão soviética no Afeganistão. Tomou o controle da nação em 1996 e governou até 2001, quando foi destituído pelas forças americanas, que invadiram o país. Atualmente, o Talibã luta contra as potências da OTAN e o governo central do Afeganistão para estabelecer um estado islâmico na região. Em 2014 foram 891 ataques, 3.477 mortos e 3.310 feridos pelo grupo, segundo o Índice.




Militantes Fulani

Os militantes Fulani atuam principalmente na República Centro-Africana e na Nigéria, mas vivem em pelo menos sete países da África. Fazem parte de uma tribo de mais de 20 milhões de pessoas, semi-nômade e pastoral, conhecida como Fulani ou Fuli e se envolvem em uma série de conflitos com comunidades agrícolas. De 2010 a 2013, os Fulani mataram 80 pessoas. Em 2014, com o aumento das atividades do Boko Haram, os ataques do grupo também cresceram: foram 1.229 pessoas assassinadas em 154 ataques






Al Shabab
O quinto grupo mais letal do mundo, segundo o Índice Global de Terrorismo 2015, surgiu na Somália em 2006. O Al Shabab (A Juventude, em árabe), atua na Somália, Quênia, Etiópia e Djibuti. São afiliados da Al Qaeda e buscam constituir um estado islâmico na região. 2014 foi o ano em que o grupo cometeu mais ataques, que resultaram em 1021 mortes e 850 feridos.















quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Congresso derrota governo e consegue retomar o voto impresso nas eleições

O Congresso conseguiu derrubar nesta quarta-feira (18) o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de retomar o voto impresso nas eleições. A mudança na legislação eleitoral foi defendida, principalmente, pelos partidos de oposição que questionaram a legitimidade do resultado das eleições presidenciais de 2014.
A proposta estabelece que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impacto da nova regra será de cerca de R$ 1,8 bilhão nas próximas eleições. A medida levará à necessidade de impressão de cerca de 220 milhões de comprovantes, levando-se em conta o comparecimento nas eleições de 2014 e os dois turnos de votação.
Na Câmara, o veto foi derrubado por ampla maioria. Foram 368 votos favoráveis à derrubada do veto e 50 contrários, com apenas uma abstenção. Já no Senado, o placar foi de 56 votos pela derrubada e apenas cinco contrários. O texto vai à promulgação do Congresso Nacional, que comunica a Presidência sobre a decisão.
A votação no Senado se arrastou por mais de uma hora porque os senadores da oposição estavam inseguros em relação a um quorum que pudesse garantir a derrubada do veto. Os senadores, então, fecharam um acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse realizada até que 65 senadores tivessem votado. Neste período, alguns deputados e senadores tentaram suspender a sessão.
“A derrubada deste veto não se trata de ser a favor ou contra o governo, se trata de dar transparência às eleições”, defendeu o senador João Capiberibe (PSB-AP).
Já o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), alegou que o impacto financeiro para os cofres públicos seria grande. “Nós não temos condições de investir R$ 1,8 bilhão em programação e nas urnas para imprimir as cédulas”, disse.
O senador relembrou também a investida do PSDB quando decidiu auditar as urnas usadas nas eleições presidenciais de 2014. Ao final da investigação, o partido concluiu que não era possível auditá-las. “Chega-se a conclusão de que essa tese não tinha sustentação”, disse Pimentel.
Já o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, argumentou que o voto impresso daria a possibilidade de se investigar propriamente um pleito eleitoral.
Mais cedo, os parlamentares mantiveram o veto presidencial à permissão para o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Dessa forma, prevalece o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que as doações privadas são inconstitucionais.
folhaonline.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O cerco se fecha contra o chefe e seus comparsas


Por: Felipe Moura Brasil
Durante a semana, Lula se disse vítima de “pancadaria”.
No fim de semana, os fatos continuam a espancá-lo.

1) Os 300 milhões de Lula, Palocci, Pimentel e Erenice
a) A revista Época revelou que quatro caciques do PT foram identificados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por transações bancárias com indícios de irregularidades:
– Lula: R$ 52,3 milhões (27 milhões em recebimentos e 25,3 milhões em transferências);
– Antonio Palocci: R$ 216 milhões;
– Fernando Pimentel: R$ 3,1 milhões;
– Erenice Guerra: R$ 26,3 milhões, entre 2008 e 2015, período que compreende sua presença no governo de Dilma Rousseff, como ministra-chefe da Casa Civil e braço-direito da petista.
As irregularidades “vão de transações financeiras incompatíveis com o patrimônio a saques em espécie, passando pela resistência em informar o motivo de uma grande operação e a incapacidade de comprovar a origem legal dos recursos”.
O relatório foi enviado à CPI do BNDES e a oposição já defendeu neste sábado a convocação imediata de Lula, Palocci, Pimentel e Erenice.

“Comprovadas essas denúncias, elas confirmam a afirmação do ex-ministro Joaquim Barbosa, de que o país foi assaltado por uma quadrilha, organização criminosa, revelando a  podridão que o Partido dos Trabalhadores e esse governo proporcionaram a 200 milhões de brasileiros”, disse ao Valor o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), um dos integrantes da comissão.
b) Lula também repassou R$ 48 mil à Coskin Assessoria e Consultoria Empresarial, de Fernando Bittar, que comprou a fazenda de Lula em Atibaia-SP – aquela mesma que a OAS reformou.
É a primeira prova material da relação de Lula e Bittar, sócio de um dos filhos do petista.
c) A empresa de palestras de Lula transferiu ainda uma bolada para os filhinhos do papai e suas empresas:
Lurian: 365 mil reais;
Luís Cláudio: 209 mil reais;
Marcos Claudio (enteado): 88 mil reais;
Sandro Luiz: 60 mil reais.
2) A sujeira do caçula de Lula
Luís Cláudio é o filho de Lula cujo escritório foi alvo da Polícia Federal em busca e apreensão.
Duas semanas antes, o local passou por uma faxina, segundo a IstoÉ.
Os condôminos do conjunto comercial ouvidos pela revista “ficaram com a impressão de que os responsáveis pelo escritório estavam de mudança”.
Eu fiquei com a impressão de que só estavam mudando a sujeira de lugar.
3) O recado de Lula a Dilma
“Do seu círculo familiar mais íntimo ao time vasto de correligionários, doadores de campanha e amigos, o sistema Lula é formado predominantemente por suspeitos, presos e sentenciados. Todos acusados de receber vantagens indevidas de esquemas bilionários de corrupção oficial.
O mito está emparedado em verdades. Lula teme ser preso, vê perigo e conspiradores em toda parte, até no Palácio do Planalto.”
Após o cerco a Luís Cláudio, Lula esbravejou:
“A Dilma passou de todos os limites. Para se preservar, está disposta a ferrar todo mundo”.
“A Dilma e o Cardozo fecharam um pacto para me derrotar”.
Uma pessoa próxima de Lula disse à revista:

“O Lula sabe que a água está chegando perto do nariz. Ele só engole a desconfiança que tem da Dilma por saber que precisa dela.”
Lula pode mandar negar todos esses comentários, mas, como falei na TVeja em seu aniversário e também no artigo “Vazar e negar: Como os políticos usam a imprensa para mandar recados“, o recado a Dilma está dado: atropele a lei para salvar minha pele.
4) Lula mandou seu amigo José Carlos Bumlai calar a boca
Segundo a coluna Radar, da VEJA, “o receio é que a história desmorone caso membros da família Schahin fechem mesmo um acordo para contar tudo sobre o empréstimo de 60 milhões de reais para a campanha de Lula em 2006″.
Relembro o que disse o próprio Bumlai ao Estadão:
“A verdade é uma só: quando conta uma mentira, você conta uma segunda, uma terceira, uma quarta, uma quinta e aí você se enrolou.”
Pois é. Lula entende disso como ninguém.
5) Se o PT morre, o petismo sobrevive
Lula disse neste sábado:
“Acho que a Dilma vai voltar a crescer, e acho que aqueles que não gostam de nós vão ter que conviver, a partir de 2018, com mais quatro anos dos partidos democráticos e populares na governança deste país.”
Repito: a maior função da Rede é emprestar um nome limpo ao PT para tentar eleger os petistas.
Felipe Moura Brasil