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domingo, 27 de agosto de 2023

Exército Brasileiro... Cachorro Morto

 


*CACHORRO MORTO*

 

A figura _“chutar cachorro morto”_ é utilizada para demonstrar a valentia daqueles que agridem quem não tem coragem ou força para reagir.  

 Atualmente, o Exército é o cachorro morto da figura; qualquer um se sente confortável para pisá-lo e chutá-lo, pois sabe que não encontrará reação. A falta de honra e de brio dos comandantes transformou o outrora pit bull em reles vira-latas sardento e famélico a mercê de vagabundos, notadamente esquerdosos, que se pretendem mostrar valentes à custa de “chutar cachorro morto”. Ou pretendem aproveitar a situação para desmoralizar ainda mais o militar e a Instituição, se é que ainda haja alçapão no fundo do poço. 

 Um coronel é chamado de “lixo” por um deputado esquerdoso e fica calado diante da ofensa. Se tivesse honra, tê-la-ia prendido no momento que não reagiu e aceitou graciosamente a ofensa.

 O comandante do Exército entrou num quartel que visitou em Curitiba pela porta dos fundos e nem fez questão de receber as honras militares que generais tanto prezam. Isto porque, na rua em frente ao quartel, patriotas espalharam melancias para retratá-lo. Entrou escondido, medroso, fugindo como criminoso. 

 Deputados pedem o fim da pensão de filhas de militares e ninguém tem coragem para dizer que, a partir do final do século passado, o benefício foi suspenso. Ninguém fala da pensão das filhas de deputados. O silêncio covarde deixa a maledicência correr solta, afundando ainda mais o pouco prestígio que resta ao Exército.

 O governo determina o fim das escolas cívico-militares, certamente como primeiro passo para, mais adiante, acabar com os colégios militares. Silêncio sepulcral dos comandantes militares. Do ministro da Defesa nada a esperar porque é leigo em temas de defesa e assuntos militares e foi colocado na função como mero intermediário do governo para controlar os militares. Como se houvesse tal necessidade... 

 A imprensa noticia que generais moram em mansões em Brasília sem pagar aluguel. O Exército se cala e não argumenta que os militares de todas as patentes recolhem o valor que recebem de auxílio-moradia a título de aluguel. Para não desagradar o chefe, o comando do Exército se cala, não responde as insinuações maldosas e nem questiona sobre as mansões onde moram ministros do STF, ou o presidente da Câmara e o do Senado. Não questionam sobre apartamentos de deputados. 

Medo de desagradar. Bajulação servil. Silêncio desmoralizante. Subserviência asquerosa. 

 O silêncio só não é completo porque ministro do STM faz publicamente bajulações nojentas ao descondenado. 

 Um general confessa em público que ludibriou o povo a quem deveria proteger e por quem é pago. 

 O conceito de _“não deixar ninguém para trás”_ se perde pelo individualismo e pelo medo de desagradar o chefe. O Coronel Cid é covardemente abandonado e entregue aos leões, apenas porque foi ajudante-de-ordem do antigo presidente. Querem torná-lo vítima e modelo para que nenhum outro militar ouse abrir a boca ou se manifestar. Já fizeram isso antes. 

 Agora, querem acusá-lo de excesso de silêncio, como se houvesse meio silêncio ou se o silêncio fosse divisível. Somente é permitido o silêncio total, completo e absoluto do Exército na defesa dos seus. Tudo pelo chefe maior e nada pelos subordinados. 

 Um sargento mata outro sargento e atinge um companheiro e civis durante festa junina em clube militar de Uberlândia. Reflexo da indisciplina reinante, da falta de líderes e da seleção frouxa que admite qualquer um nas fileiras do Exército. 

 Os esquerdosos apresentaram proposta para alterar o papel das Forças Armadas na Constituição, alegando que não há democracia sob a tutela de militares. Só que eles aprovam e aplaudem a “democracia” de Maduro, de Ortega e dos Castros, porque é esta “democracia” que querem implantar no Brasil. Sob o silêncio conivente do Exército. 

 O clima no Exército hoje é pior que o da Retirada da Laguna; é de “salve-se quem puder”.  É de individualismo acovardado e medroso, ainda mais porque o Exército não tem líderes nem chefes que inspirem coragem, confiança e força ou que ajam pelo exemplo de dignidade. Os fatos bem o demonstram. 

 


A imagem da Instituição parece permanecer intocada para os de postos mais elevados. Continuam realizando solenidades, comemorando sei lá o quê.  

 Onde anda o brio do uniforme? Onde anda a dignidade da farda? Onde a decência? Onde a moral? Onde o moral da tropa? Onde o compromisso de defender o País?

 Os militares de hoje estão subjugados e abafados pela subserviência ao corrupto descondenado, pelo medo de assumir compromissos que juraram defender, pela vaidade de ocupar cargos e receber salários e honras, nem que seja à custa da própria honra. 

 


Cláudio Eustáquio Duarte. 

Coronel Veterano de Infantaria. AMAN/1971.

 


Fonte:  https://taiadaweb.com.br/cachorro-morto-a-valentia-dos-que-agridem-quem-nao-tem-coragem-ou-forca-para-reagir/