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domingo, 27 de setembro de 2015

Parabéns à 5ª CIPM - Ilha de Itaparica-BA


Sob o comando do Major Fábio Dias, a 5ª CIPM, vem desenvolvendo um brilhante trabalho no combate ao crime, na Ilha de Itaparica, onde o desempenho destes policiais resgata a credibilidade e o estreitamento entre a polícia e a população.
Dotado de uma enorme sensibilidade no trato com o social, o Major Dias, não só atua na prisão de delinquentes, trazendo pra toda a Ilha, a tranquilidade dos seus munícipes e visitantes, como também promove um belo trabalho de conscientização da cidadania e respeito ao Meio Ambiente.

Hoje a 5ª CIPM, dispõe no seu efetivo para trabalho, de 10 viaturas quatro rodas(incluindo a vtr comando e P2 que são despadronizadas)3 motos,2 quadriciclos e 1 lancha.



O empenho desta Companhia, diante das dificuldades encontradas ao desenvolvimento da sua missão, não inibe o expediente dos oficiais e comandados, que mostram-se atuantes e destemidos, respaldados no exemplo dignificante do seu comandante.
Nunca houve na Ilha de Itaparica, tantas prisões, onde em muitas delas o confronto com marginais registra-se de forma inevitável com troca de tiros e baixas do lado criminoso, visto a experiência e excelente treinamento tático, dos policiais em operação.

Moradores e visitantes dos municípios de Vera Cruz e Itaparica, demonstram agradecimentos ao cuidado da 5ª CIPM, e solicita do Governo do Estado, a atenção merecida à esta corporação que enobrece a imagem da Policia Militar da Bahia.
Parabéns, comte!


Mauricio Vergne / Blog da Ilha

Vera Cruz- BA pede socorro


Por Lenise Ferreira:
Na última  sexta-feira  aconteceu a solenidade que formalizou a parceria do SAMU com a PM e Polícia  Rodoviária. 
A partir daquela data uma das ambulâncias  passa a ficar no posto da P R E em Barra Grande e seu deslocamento para algumas localidades será  acompanhada pela PM para assim garantir a segurança de atendentes e pacientes. Vale salientar que em alguns locais, os marginais não  permitem o acesso das ambulâncias.


O evento contou com a presença do Coronel Alfredo, nosso ex-comandante e agora comandante da P R E.

Na mesa, estávamos,     major Dias, cel. Alfredo,  o coordenador do SAMU, Coité e a Secretária de Saúde, Ademildes.
Ao me franquear a palavra, reconheci o esforço das equipes do SAMU, que hoje conta com apenas uma ambulância(absurdo), quando o Governo Federal custeia a manutenção de 4(?). Esta ambulância é  de 2005 e quebra toda hora. A outra ambulância é  da UPA. Ou seja,  já não  contamos com o único  hospital, sem ambulâncias, e para atender à  população estes profissionais precisam dispor do pequeno efetivo da polícia,  pois a violência  crescente no município se impõe  de forma a nos tornar reféns.
 Abordei ainda sobre a necessidade de intervenção do poder público para ofertar “pelo menos”, acessibilidade nas vias cuja pavimentação na maioria delas é  inexistente. Lamentei ainda a atuação  do poder público ali representado(vergonhoso).


A SECRETÁRIA  DE SAÚDE,  ADEMILDES, ao fazer uso da palavra, respondeu que é  fácil criticar,  que o difícil  é ser “técnica”,  e que ela é  (assistente social como eu), que ela é  concursada ( como assistente social), que os gestores públicos do município  vêm PERCEBENDO O CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA (nós  sentimos na pele há  muitos anos), que o número  de atendimentos médicos  cresceu para 30.000 no último ano ( mostrando que o povo adoece cada vez mais. A TUBERCULOSE cresceu assustadoramente), ela disse ainda que este “caos” não  é  privilégio de Vera Cruz, que ela trabalha no HGE e percebe que o problema é geral ( por isto, vamos nos conformar e cruzar os braços ). Disse ainda a secretária; "os pacientes não  passam mais que 10 dias para serem regulados" . O que dizer para os infartados, as vítimas de acidentes, AVCs, e de tantos outros pacientes?
A minha análise sobre a competência,  conduta e percepção desta senhora é  um tanto " dura". 

Alguém consegue de forma imparcial,  entender as respostas dela? Temos como aceitar tais fatos?

Lenise Ferreira

Cidadã / Empresária e Munícipe

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Fátima Madureira para cuidar de Vera Cruz / Ilha de Itaparica - BA. Com VeraCidade...


A munícipe Fátima Madureira, promete dar dor de cabeça, aos que contavam com a continuidade da atual gestão em Vera Cruz, nas próximas eleições.
Focada na transparência, na probidade, no Meio Ambiente e no desenvolvimento desta localidade, a professora e advogada, anseia por uma Vera Cruz, melhor! 
Cotada por vários partidos que acreditam na sua candidatura, cresce o apoio da população que deseja melhorias e cuidados nas localidades onde residem e respeito aos seus direitos de cidadãos, que pagam impostos.
O município de Vera Cruz, dotado de uma singular beleza natural, não recebe dos que obtiveram o voto de confiança dos seus eleitores, a atenção e cuidados que merece, 
"O momento requer  mudança! Mudança para uma melhor qualidade de vida daqueles que habitam esta cidade e para transformar este pedaço da Ilha de Itaparica, em um lugar digno de receber visitantes,visto o presente aspecto, ser vergonhoso e degradante". Diz Fátima!
 

A população acredita nesta mudança, e ao que tudo indica, Fátima Madureira, vai assumir esta responsabilidade.

Mauricio Vergne /Blog da Ilha 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

PF pede ao Supremo para ouvir Lula, suspeito de ter se beneficiado do petrolão


PIXULECO – Polícia Federal pede ao Supremo Tribunal Federal para ouvir o ex-presidente Lula no inquérito do petrolão(Ueslei Marcelino/Reuters).


A Operação Lava Jato da Polícia Federal nunca esteve tão perto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Documento assinado pelo delegado Josélio Azevedo Sousa solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente seja ouvido nas investigações do propinoduto armado para assaltar a Petrobras.
Conforme o documento, o ex-presidente pode ter sido "beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo". O pedido da Polícia Federal é em parte amparado nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente de Engenharia da estatal Pedro Barusco. O primeiro passo do Supremo agora será submeter o pedido à análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Além de Lula, a Polícia Federal pede para que sejam ouvidos, entre outros, os ex-presidentes da Petrobras José Sergio Gabrielli e José Eduardo Dutra, o ex-tesoureiro da campanha de Dilma em 2010 José de Filippi Junior, os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, ele próprio um dos presos pela Operação Lava Jato. No caso de Gabrielli, a PF chega a dizer que "é improvável que um esquema dessa envergadura funcionasse sem o conhecimento e a anuência do responsável máximo da companhia".
O pedido para que o petista seja ouvido faz parte de um dos inquéritos da Operação Lava Jato em que são investigados, entre outros, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e parlamentares.

(VEJA.com/VEJA)
"Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal", diz a PF.
'Eles sabiam' - Para embasar o pedido, o delegado cita a delação premiada em que o doleiro Alberto Youssef confirma que Lula e integrantes do Palácio do Planalto tinham conhecimento do esquema criminoso do petrolão. O teor desta delação foi revelado por VEJA. "A presente investigação não pode estar dissociada da realidade fática que ela busca elucidar e, no presente caso, os fatos evidenciam que o esquema que por ora se apura é, antes de tudo, um esquema de poder político alimentado com vultosos recursos da maior empresa do Brasil", completa a polícia.
Segundo os investigadores, os depoimentos poderiam esclarecer pontos como por que nove ministros e ex-ministros de Estado são citados ou investigados como beneficiários diretos do esquema de corrupção e como o governo federal nomeou diretores para a estatal do petróleo "em troca de apoio político". "Neste cenário fático, faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então mandatário maior da nação, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de que apresente a sua versão para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário de seu governo", diz a PF.
No inquérito, o delegado não cita uma linha específica para o depoimento de Lula. Paralelamente, o ex-presidente é alvo de investigação pelo Ministério Público para apurar a relação dele com a construtora Odebrecht e investigar a possível prática de tráfico de influência em favor da empresa, entre 2011 e 2014. Para o MP, é preciso apurar a atuação de Lula na concessão de empréstimos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o contexto em que o petista viajou, às custas de empresas, para negociar contratos no exterior.
O nome do ex-presidente também foi relacionado ao petrolão pelo fato de duas empresas ligadas a ele terem recebido, entre 2011 e 2013, 4,53 milhões de reais da empreiteira Camargo Corrêa, gigante da construção e um dos alvos da Operação Lava Jato. Laudo da Polícia Federal registra que a empreiteira pagou três parcelas de 1 milhão de reais cada ao Instituto Lula entre dezembro de 2011 e dezembro de 2013 e mais 1,527 milhão de reais para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, também do petista, entre setembro de 2011 e julho de 2013. Conforme levantamento feito pela Polícia Federal na contabilidade da Camargo Corrêa, os investigadores que atuam na Lava Jato conseguiram mapear impressionantes 183,79 milhões de reais em doações "de cunho político", entre 2008 e 2013, e repasses a partidos políticos e candidatos das mais diversas legendas.
Dilma - No pedido em que formaliza solicitação para que Lula seja ouvido, a Polícia Federal diz que a presidente Dilma Rousseff, que ocupou os cargos de ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, não pode ser investigada no âmbito da Lava Jato. O parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição proíbe que um presidente da República seja responsabilizado, no exercício do mandato, por atos que não dizem respeito ao exercício de suas funções. Por isso. especialistas avaliam que, como suspeitas de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, por exemplo, ocorreram antes do primeiro mandato de Dilma à frente do Palácio do Planalto, o procurador-geral Rodrigo Janot não poderia agora apresentar um pedido de investigação contra ela

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Golpe nos Militares - Dilma retira poder dos militares e transfere para Jaques Wagner

Por: Marcela Mattos e Laryssa Borges, de Brasília


Sem avisar, Dilma assina decreto que retira poder dos comandantes militares e os transfere ao ministro do PT


Sem apoio no Congresso Nacional e patinando na área econômica, a presidente Dilma Rousseff se isola cada vez mais dos diversos setores da sociedade. Agora ela escolheu o área militar como o novo flanco para comprar briga. Sem consultar os comandantes das três Forças Armadas, Dilma baixou na última semana um decreto que transfere atribuições dos oficiais para o ministro da Defesa, o petista Jaques Wagner. O problema é que nem o próprio titular do ministério foi informado da medida, que pode ser modificada nos próximos dias, antes de entrar em vigor.

O decreto prevê, por exemplo, que cabe agora ao ministro da Defesa atribuições como a reforma de oficiais, a transferência de militares para a reserva remunerada e até a escolha de capelões militares. E mais: segundo parlamentares, o decreto pode abrir caminho para a ingerência ideológica do governo na formação de militares porque também revoga uma antiga legislação, o decreto 62.104, de 1968, que delegava competência aos comandantes de aprovar os regulamentos das escolas e centros de Formação e Aperfeiçoamento. No Congresso, a proposta da presidente Dilma foi recebida com reserva e incompreensão. Para alguns parlamentares, o decreto é inconstitucional e deve ser revogado.

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Ao transferir atos dos comandantes militares para o ministro da Defesa, a presidente Dilma alegou que a Constituição garante a ela a prerrogativa de "dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos".
"Qual a intenção de criar uma instabilidade com essa ingerência nas Forças Armadas na calada da noite? É incrível essa capacidade que Dilma tem de criar crise por decreto", criticou o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). "É preciso rever essa medida e abrir diálogo com os militares imediatamente. Não dá para concentrar poderes nas mãos de um ministro e deixar de lado a opinião de técnicos na hora de tomar decisões."
Da tribuna da Câmara, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) acusou o Executivo de tentar interferir na formação dos militares ao retirar dos comandantes a prerrogativa de aprovar em caráter final os regulamentos das escolas e centros de formação. "[Dilma] mete-se diretamente nos currículos da Academia Militar das Agulhas Negras, da Academia da Força Aérea, da Escola Naval, da Escola de Formação de Sargentos e por aí afora", disse. Para ele, o Executivo estaria claramente tentando interferir ideologicamente na formação dos militares. "Ela quer botar aquela patifaria aprovada pelos patifes no relatório final da Comissão da Verdade para dentro das Escolas Militares", criticou.
"Os comandantes perdem o poder de escolher as matérias curriculares que fazem parte das escolas militares. Isso pode ser o início de uma lavagem cerebral", afirmou o deputado Alberto Fraga (DEM-DF). "Pode ser o início de uma tentativa de implantar no único lugar onde não existe ainda a introdução do bolivarianismo no governo petista. Um general que der alguma declaração que seja contrário ao partido vai para a geladeira."
"O currículo passa a ser ditado por eles. O governo também quer aparelhar as Forças Armadas? Para nós militares é uma ingerência sem tamanho. Qual a motivação disso? Não foi explicado", declarou o deputado capitão Augusto (PR-SP).
Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), porém, apesar de a Constituição garantir que as Forças Armadas são subordinadas à "autoridade suprema da Presidente da República", eventuais mudanças na organização das três forças só podem ser feitas por lei complementar. Os projetos de lei complementar exigem quórum diferenciado para aprovação no Congresso - 257 votos na Câmara dos Deputados e 41 votos no Senado.
"Nesse momento que estamos com uma crise econômica e política, desencadear uma crise militar é extremamente desnecessário. Não houve o respeito do próprio ministro conversar com seus comandados, não foi dado conhecimento da edição do decreto. O governo já tem todas as crises do mundo. Só falta arrumar uma crise militar que gere questionamento interno nas Forças Armadas em relação à condição e obediência constitucional ao governo federal", disse o deputado major Olímpio (PDT-SP).
"O decreto preocupa porque nós sabemos quem está governando o país e sabemos qual a prática do PT. O PT não tem o menor escrúpulo em aparelhar instituições ou estruturas públicas", disse. "Nós corremos o risco de ver as Forças Armadas pela primeira vez na história ser objeto de influência político-partidária. Alguém para ser promovido a coronel vai ter que beijar a mão de um dirigente do PT", completou Sávio.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), adotou cautela ao comentar o decreto. "A presidente é uma pessoa que está caminhando por uma rua, enxerga uma casca de banana e atravessa a rua só para pisar a casca e escorregar. Será que ela não tem coisa mais importante para se importar?", questionou. Para ele, "o decreto tão fútil que nem chega a ser um erro". "É mais um amadorismo. Não sei explicar", disse. O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, não quis comentar o teor do texto assinado pela presidente.
Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
Vigência
Delega competência ao Ministro de Estado da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica delegada competência ao Ministro de Estado da Defesa para editar os seguintes atos relativos a militares:
I - transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
II - reforma de oficiais da ativa e da reserva e de oficial-general da ativa, após sua exoneração ou dispensa de cargo ou comissão pelo Presidente da República;
III - demissão a pedido, ex officio ou em virtude de sentença transitada em julgado de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
IV - promoção aos postos de oficiais superiores;
V - promoção post mortem de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
VI - agregação ou reversão de militares;
VII - designação e dispensa de militares para missão de caráter eventual ou transitória no exterior;
VIII - nomeação e exoneração de militares, exceto oficiais-generais, para cargos e comissões no exterior criados por ato do Presidente da República;
IX - nomeação e exoneração de membros efetivos e suplentes de comissões de promoções de oficiais;
X - nomeação ao primeiro posto de oficiais dos diversos corpos, quadros, armas e serviços;
XI - nomeação de capelães militares;
XII - melhoria ou retificação de remuneração de militares na inatividade, inclusive auxílio invalidez, quando a concessão não houver ocorrido por ato do Presidente da República;
XIII - concessão de condecorações destinadas a militares, observada a ordem contida no Decreto nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, destinadas a:
a) recompensar os bons serviços militares;
b) recompensar a contribuição ao esforço nacional de guerra;
c) reconhecer os serviços prestados às Forças Armadas;
d) reconhecer a dedicação à profissão e o interesse pelo seu aprimoramento; e
e) premiar a aplicação aos estudos militares ou à instrução militar;
XIV - concessão de pensão a beneficiários de oficiais, conforme disposto no Decreto nº 79.917, de 8 de julho de 1977;
XV - execução do disposto no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
XVI - exclusão de praças do serviço ativo; e
XVII - autorização de oficial para ser nomeado ou admitido em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, inclusive da administração indireta.
Art. 2º O Ministro de Estado da Defesa editará:
I - os atos normativos sobre organização, permanência, exclusão e transferência de corpos, quadros, armas, serviços e categorias de oficiais superiores, intermediários e subalternos; e
II - os atos complementares necessários para a execução deste Decreto.
Parágrafo único. A competência prevista nos incisos I e II poderá ser subdelegada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor quatorze dias após a data de sua publicação.
Art. 4º Ficam revogados:
Brasília, 3 de setembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República. 
DILMA ROUSSEFF
Eduardo Bacellar Leal Ferreira

Este texto não substitui o publicado no DOU de  4.9.2015  

7 coisas que você não sabia sobre a Avenida Sete



Trecho em mão dupla, da Aclamação, na Avenida Sete, à noite, na década de 1930.
(Foto de Gregório de Matos/Divulgação)


 
- Por muito pouco a Avenida Sete não se chamou Avenida Dois de Julho. O primeiro projeto das obras previa duas novas avenidas: a Sete de Setembro e a Dois de Julho. Como esse projeto não saiu do papel e apenas a Avenida Sete seria construída, os baianos queriam que ela homenageasse a data magna da Bahia. Mas J.J Seabra bancou a Independência do Brasil. 
- Mais de 300 sobrados de famílias tradicionais foram derrubados com a obra, o que onerou muito o valor do projeto, avaliado em 8,7 mil contos de réis. Um terço desse custo foi destinado para desapropriações. 


- O trecho da via onde está o Mosteiro de São Bento tem largura três metros menor que o restante da Avenida Sete. É que, diferente das igrejas do Rosário e das Mercês, que tiveram suas fachadas frontais derrubadas, o São Bento foi poupado. A curva que existe hoje antes da descida da ladeira mostra que um desvio foi feito. A largura da pista tem 15 metros em vez de 18.  
- Boa parte do material utilizado na obra de construção da Avenida Sete teve de ser importado. O asfalto veio de São Valentino, na Itália. As vigas de ferro, 52 toneladas, vieram da Alemanha. Com eles foi feito o viaduto que liga a área da Aclamação à Vitória. O calçamento foi feito de pedras portuguesas estilo veneziano. A iluminação foi importada pela família Guinle, que comprou tudo da General Eletric, de Nova York. Trouxeram 600 postes com lâmpadas de última geração. 
- A arborização da Avenida Sete, um dos seus aspectos positivos até hoje, veio do Rio de Janeiro. Foram importados centenas de oitizeiros. As plantas se adaptaram muito bem e boa parte resiste de pé até hoje, especialmente no Corredor da Vitória. 
- As inovações criadas pelo arquiteto francês Georges Eugène Haussmann serviram de inspiração a J.J. Seabra e ao engenheiro Arlindo Fragoso para fazer a Avenida Sete. A ideia de Haussman, baseada em conceitos sanitaristas, era abrir grandes avenidas para arejar as cidades. 
- A mansão dos Clemente Mariani, localizada na Ladeira da Barra (portanto, Avenida Sete de Setembro) fica em um terreno de 61 mil m2, a segunda maior área de mata atlântica dentro de Salvador. A mansão é a última “roça”, como eram conhecidas as propriedades que existiam na ladeira à época.  

 Fonte: correiodabahia

domingo, 6 de setembro de 2015

Aylan morreu sem conhecer a paz

Por: Duda Teixeira


Tragédia humanitária – O bote de 5 metros de comprimento em que o menino sírio Aylan Shanu viajava com os pais e o irmão mais velho emborcou a caminho da Ilha de Cos, na Grécia(Nilufer Demir/AP)

Quem poderá afirmar com certeza que Heródoto, o filho mais famoso de Halicarnasso, hoje Bodrum, na Turquia, não tenha chutado distraído em uma caminhada pela praia um dos seixos que cercavam o corpo de Aylan Shenu? Como a injustiça e as guerras, os seixos resistem indiferentes ao passar dos séculos. Heródoto viveu 59 anos no século V a.C. Foi o primeiro a fazer relatos realistas, minuciosos e críticos de eventos da Antiguidade clássica. É chamado de "o pai da história". Aylan tinha 3 anos. Todos eles vividos sob a guerra civil síria, um conflito do século XXI mais bárbaro e desumano do que os narrados por Heródoto, que tiveram lugar há mais de 2500 anos, quando inexistiam conceitos como direitos humanos, respeito à vida ou proteção às crianças. Hoje esses conceitos são automaticamente recitados pelos homens públicos. Aylan morreu sem desfrutar nenhum deles.
Há uma pequena chance de que a morte de Aylan seja o marco do limite máximo do descaso com a maior tragédia humanitária de nosso tempo, a dos imigrantes que se lançam ao mar em embarcações precárias depois de perder a própria pátria. O bote de 5 metros de comprimento em que o menino sírio viajava com os pais e o irmão mais velho emborcou a caminho da Ilha de Cos, na Grécia. Eles fugiam dos terroristas do Estado Islâmico, que, em nome da construção de um califado, matam pessoas de todos os credos, torturam e estupram. Fugiam também das forças do ditador Bashar Assad, que bombardeiam o próprio povo com armas químicas. Quando Aylan nasceu, a Síria já estava em guerra civil. Ele morreu sem conhecer a paz.
Somente neste ano, cerca de 2600 pessoas morreram buscando chegar à Europa pelo mar, dos mais de 300000 que tentaram a travessia. Nos últimos dias, as multidões atravessando fronteiras com pouco mais do que a roupa do corpo em trens, a pé ou de bicicleta abriram, com a força do maior fluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial, fendas nas bem guardadas fronteiras dos países europeus. Os que sobrevivem à travessia não são bem-vindos na Europa. Eles são muitos. São pobres. Muito diferentes. São vistos como ameaça. "Os que estão chegando cresceram em outra religião e representam uma cultura radicalmente diferente. A maioria deles não é cristã, mas muçulmana. A Europa tem uma identidade enraizada no cristianismo", disse Viktor Orban, o primeiro-ministro húngaro, cujo governo está terminando uma cerca de arame farpado na fronteira de seu país com a Sérvia para impedir a entrada de novos clandestinos. A reação de Orban reflete o sentimento de um número expressivo de moradores da Europa. Os europeus têm boas razões para reagir defensivamente. Os imigrantes não têm alternativa. A situação em que os dois lados de um conflito possuem razões legítimas e lutam para impô-las à força tem o nome de tragédia.
Palco de duas guerras mundiais, revoluções sangrentas e conflitos étnicos recentes, a Europa está cansada de tragédias. Essa é a chance de que a morte de Aylan seja um marco de mudança para melhor na situação dos fugitivos. A chanceler alemã Angela Merkel, com o bom-senso e a determinação que a caracterizam, falou como uma líder: "Se a Europa falhar na questão dos refugiados, essa não será a Europa que sonhamos". Do cenário de desolação e abandono deixado pela II Guerra Mundial os europeus se reergueram com a ambição de ser a antítese do passado intolerante e sangrento. "A dignidade humana é inviolável. Respeitá-la e protegê-la é dever de toda autoridade do Estado", lê-se no primeiro artigo da Constituição alemã de 1949.