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sexta-feira, 31 de julho de 2015

POLÍTICA EM AMARGOSA, O BECO SEM SAÍDA DAS LIDERANÇAS.


Por: Otávio Henrique

Com a proximidade das eleições municipais de 2016 e como a corrida contra o tempo para os atuais políticos que exercem cargos eletivos já está se encerrando, pois, o prazo para realizar obras públicas e ões de governo se encerra em maio de 2016,o tempo torna-se implavel e agora falta menos de um ano e quem fez, fez... quem não fez, não faz mais...

É importante traçar um pequeno esboço da política amargosense em sua história recente; aliás, colocar na balança os governos petista e psdebista e suas respectivas lideranças.


O aparecimento da estrela petista contrasta com sua decadência no município de Amargosa. A era Valmir Sampaio (PT-BA) experimentou sua ascensão estribando-se num discurso de campanha contra a corrupção e os desmandos de Rosalvinho Sales (SEM PARTIDO) com seus cheques-sem-fundos, no favoritismo do momento onde o Lula ascende ao poder com políticas de inclusão social que soergueria a popularidade de qualquer tímido político e, assim aconteceu com Valmir e, sobretudo, no oportunismo se servindo da família Silva ( da atual gestora) por duas vezes para angariar sucesso nas urnas.

O otimismo do primeiro mandato petista foi impressionante e colheu os louros em uma reeleição. No entanto, o segundo mandato deu uma falsa impressão ao prefeito de invencibilidade, de está nascendo um Josué Melo, um João Sales dos tempos modernos, ledo engano. Impressionou a qualquer filho de Amargosa a entrevista que essa liderança deu ao jornal “Voz da Bahia (publicado em 16/09/2011)  onde se referia ao seu governo como o melhor da história da cidade; apontava os indicadores da educação como os melhores da Bahia; e, se não bastasse, quando indagado sobre a sua sucessão ele dispararia uma pérola: o meu candidato é quem no meu grupo político der continuidade aos meus projetos!. Quais projetos?

E o melhor administrador teve oportunidade de comprovar este favoritismo com a inusitada visita da Controladoria Geral da União (CGU) em Amargosa para nossa sorte e nossa alegria constatando que a transpancia do pedacinho de Brasilestava turvada por inúmeras  não-conformidades na gestão de convênios federais, no cuidado com a merenda escolar, em licitões para o transporte escolar e, sobretudo, em projetos que foram tão divulgados e que não foram concluídos como a empacotadeira e a unidade de processamento e beneficiamento de castanha ou estão sendo tocados pela atual gestão como a creche do Bairro da Katiara. E, daí em diante, a “estrela foi cadente, suas contas foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia e, coroando o melhor governo da história da cidade”, a Câmara de vereadores rejeita suas contas e o torna inelegível pelos próximos oito anos.
Já é de costume do lulo-petismo retirar figuras da cartola e enfiar goela abaixo da população. Com a Dilma deu certo e já estamos vendo às consequências que não é preciso elencar; com a agremiação do PT em Amargosa, não emplacou o nome de Júlio Pinheiro (PT-BA), que além de sofrer uma esmagadora derrota da atual prefeita Karina Silva (PSB-BA) também  simbolizaria,  como  bem  disse  gestor  Valmir,  a  continuidade  de  seus derrotadosprojetos” que traziam a marca dos desmandos do seu partido no governo federal, no estado e, muito mais, em seu próprio município. A agremiação petista em Amargosa perdeu a liga, falta alinhamento com o governo Rui Costa por conta dos compromissos assumidos nas campanhas de governo do estado e de deputado e o líder encontra-se cassado seus direitos políticos e fadado a comparecer ao tribunal vez ou outra para responder os inúmeros processos e pagar suas respectivas multas. Triste fim para fazer muito mais”!
A ascensão súbita de Karina Silva, de antemão, demonstra a maioridade política do povo de Amargosa que não se deixa ser enganado por promessas eleitoreiras, pelo continuísmo de ões de governo equivocadas e, acima de tudo, por políticos trancafiados em seu gabinete e distante do povo.
O vôo da pomba do PSB teve um empurozinho de duas lideranças que estão fora mas não mortas, basta ver qualquer pesquisa informal de favoritismo das próximas eleições, o empresário Dal (PSD-BA) e o ex-prefeito Rosalvinho, mesmo não sendo postos em evidência, demonstraram que estão mais vivos do que nunca, basta ver os números de sua candidata ao legislativo e a corrida de Rosalvinho para angariar votos para seu aliado à Assembleia Legislativa da Bahia que deu certo.
Com pouco mais de um ano para o fim do mandato de Karina Silva algumas considerações poderão ser feitas com relação a sua condução ao governo municipal: utilizando o discurso da herança maldita” do PT, não se viu uma marca de governo e obras estruturantes, o governo paira no “arroz e feijão” da gestão, consertando os maus feitos, pegando no tranco e resolvendo questões contingenciais da governabilidade. Não veremos obras de infraestrutura, não veremos resolução do imbróglio do rmino da ampliação do Hospital Municipal e nem podemos esperar a ‘Casa de parto’ defendida em campanha.



O que se falar de Karina Silva e de seu partido? Tanto a gestora quanto sua agremiação temem à militância, tirando o cabide de contratados e cargos políticos que são coagidos a comparecerem a atos de governo ou não, tirando isso, o cleo de sustentação de sua sigla, se resume a algumas poucas lideranças que já possuem um discurso repetitivo e uma cansada credibilidade. Não se fala em novas filiações, novas  lideranças  e  assumir  um  ar  novo  em  sua  visão  partidária.  Neste  último aspecto, talvez, seja o mal das esquerdas.
ainda um saudosismo por parte dos eleitores e amargosenses, em tentar ver na figura de Karina Silva à imagem da gestora Iraci Silva. São do mesmo sangue, mas, duas visões de gestão municipal completamente distinta. A filha cumpre uma cartilha de governo sem muita inovação  e sem  visão estratégica no campo político; a mãe,  o último exemplar da pura esquerda, com uma visão além de seu tempo, gestora dinâmica e atenta nas flexibilizões políticas e metas que queria alcançar. Com isso, creio que se fecha um ciclo no qual comparações não podem avançar.
Creio  que  a  políticem  Amargosa  nos  deixalgumas  lições  e  nos  faz algumas observações que precisamos ter em conta na proximidade dos tempos de eleições municipais. A sorte ou azar do destino político coloca em vala-comum Valmir Sampaio e Rosalvinho Sales, este vem cumprindo sua sentença e tirando lições para sua trajetória política, o primeiro irá aprender, ainda mais, que a lei do retorno na política tarda mais não falha; E, a esses que se dizem líderes, deveo está com os olhos bem abertos, pois, o povo tem se tornado cada vez mais politizado e não pode mais ser concebido como  massa de manobra por receber as  migalhas  de uma ajuda no  processo  de aposentadoria, numa ambulância para levar um familiar, numas poucas horas de arado,  num  tampinha  nas  costa  ou,  sobretudo,  no  jeitinho  das ditas  lideranças que se escondem atrás de um deputado, de um partido e na saúde ou na doença de sua população.
Política se faz com a razão e o coração. Política é serviço ao povo, e sem distinção. O poder é delegado para o bem de todos e não de alguns. O gosto pela política deve ser de todos, pois, todos devem se sentir comprometidos com o bem comum. Amargosa espera muito mais responsabilidade do seu povo e nenhuma crítica que não seja construtiva. Quem ama o povo se compromete e soma esforços, não fica só nas intrigas de bastidores. A construção do progresso, desenvolvimento e crescimento é tarefa de todos!


*Otávio Henrique é filho de Amargosa, acadêmico de Direito.