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domingo, 21 de fevereiro de 2016

R$ 356.000,00 para Claudia Leitte biografar Claudia Leitte! Inversão de valores na cultura ou mais um crime no País Tupiniquim?

A captação de recursos pela cantora, via Lei Rouanet, reacende debate sobre financiamento cultural; antes de sua distorção existe um sequestro das pautas
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Marlon, retratado em “Rastro de Lama”,
sobre catástrofe em MG (Foto: Helena Wolfenson).
Por Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)

De um lado, Claudia Leitte quer biografar Claudia Leitte. Valor pretendido: R$ 356 mil. A verba chegou a ser aprovada pelo Ministério da Cultura, conforme a Lei Rouanet. O ministro Juca Ferreira já avisou que vai barrar a liberação; a própria Claudia disse que desistiu. Mas a notícia sobre o caso reacendeu o debate sobre financiamento da cultura. É razoável uma cantora com visibilidade global se beneficiar, de alguma forma, de recursos públicos polpudos para celebrar seu narcisismo? A sociedade que chiou contra a leitura de poemas por Maria Bethânia – com financiamento similar – apoiará a pretensão da popstar?
Do outro lado, Aline e Helena pretendem retratar Ricardo e Marlon. Eles são moradores de Bento Rodrigues, o povoado em Mariana (MG) destruído pela mescla de lama e resíduos da mineradora Samarco. Perderam tudo com o rompimento da barragem, em novembro. Aline Lata e Helena Wolfenson tentam captar R$ 50.650 por vaquinha coletiva, pelo site Catarse, para retratar, a partir da vida dos dois jovens, a catástrofe socioambiental. O filme se chamará “Rastro de Lama“. Essa verba se refere a uma das etapas do projeto, que prevê imersão das duas cineastas em Minas e no Espírito Santo e a realização de um curta.
As duas histórias sintetizam movimentos diversos da cultura brasileira. Seja no campo dos objetivos, seja no campo dos métodos utilizados para a captação de recursos. E há alguma coisa invertida nesse sistema de equações. A primeira delas diz que 1 x 1 = 350. A segunda equação diz o seguinte: 2 x 2 x um povoado inteiro x a maior catástrofe ambiental do Brasil = 50. Não se trata apenas de uma distorção na lei cultural, no fato de que a Lei Rouanet caducou (e de que a sociedade perdeu seu discernimento). Existe um outro tipo de rapto. Um rapto da pauta.
Porque, com tudo isso, estamos discutindo Claudia Leitte. Sim, temos de utilizar o caso como motivo para rediscussão dos paradigmas. Mas, por enquanto, estamos a discutir Claudia Leitte, tornando a tentativa dela de obter R$ 350 mil talvez um dos casos mais empolgantes de sua biografia precoce. Não estamos discutindo Ricardo e Marlon, os dois perfis que Aline e Helena escolheram para sintetizar a catástrofe de Mariana. Não apenas Ricardo e Marlon: mas as centenas ou milhares de Ricardos e Marlons espalhadas pelo território que esperam a vez de serem retratados, esmiuçados.
A cultura brasileira foi sequestrada. Sim, em um conceito mais amplo ela está lá, indomável, manifestando-se apesar dos apertos financeiros, improvisada num batuque e num spray, em um bloco insurrecto ou em um verso teimoso do rap. Mas a cultura brasileira percebida pelos meios de comunicação foi sequestrada pelo poder político e econômico, a serviço de uns poucos privilegiados. O Ministério da Cultura e o jornalismo cultural e a percepção das supostas elites culturais sofrem do mesmo drama, do mesmo vício de origem. A história oficial da cultura brasileira se repete como arremedo.
É claro que estamos simplificando o fenômeno, em torno de dois casos emblemáticos, para efeitos didáticos. A última fase da captação de Aline Lata e Helena Wolfenson prevê captação de recursos por edital. E elas ainda não representam os excluídos dos excluídos do circuito do financiamento cultural. Mas a questão é que elas não terão essa publicidade espontânea que tem Claudia Leitte, que terá reforçado a sua marca (em meio a esse metaclaudioleitismo da cultura brasileira) mesmo perdendo a boquinha dos R$ 350 mil. Os meros mortais da cultura precisam passar o chapéu várias vezes, enredar-se num arsenal de burocracia para tentar manifestar sua arte.
Existe aí um problema de agendamento da notícia misturado com a distorção do modelo de captação de recursos. Este mesmo artigo terá sido lido pela maioria por causa de Claudia Leitte, não por causa de Aline ou Helena ou de Ricardo e Marlon ou por causa do massacre social, ambiental, agrícola e cultural (por exemplo, destruição de obras sacras) promovido por uma mineradora em Mariana. Assim como não conhecemos o nome nem de 1% das etnias indígenas brasileiras. Giramos midiaticamente em torno de uns poucos umbigos alheios, como se Nelson Rubens fosse o grande crítico cultural do país, sob o patrocínio da Vale.
E chegou a hora de rever esse enredo.
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Povoado de Bento Rodrigues foi destruído pela lama da Samarco (Foto: Helena Wolfenson)

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Lixo cultural agora é carnaval


Quanto  lixo musical, chega de  porcaria. Chega de pagode baiano, quanto marmanjo rebolando, no tambor da baixaria. Ninguém canta, ninguém escreve, só rebolam e vão falando asneira. Se eles têm sustentabilidade, o tamanho dessa mediocridade, é deprimente é  assustador. 

Quanta ignorância, quanta alienação, ganhando espaço entre patéticos da multidão . Ninguém mais canta, ninguém mais escreve. Não há letra não há melodia, apenas marmanjos  rebolando, quanta inutilidade, quanta porcaria. Ah! é cultura? O que fizeram com a Cultura musical na Bahia...

Carnaval decadente, não existem mais acordes, carnaval deprimente,  olha só essa gente, vibrando a vingadora, carnaval morrendo aos poucos, enquanto tantos rebolam,  rajada de metralhadora.


Mauricio Vergne
Cidadão que aprecia a boa música.
Realmente gosto não se discute... SE EDUCA!!!

domingo, 7 de fevereiro de 2016

BOLETIM FERRY-BOAT (Tarde)


A tarde deste domingo (07) tem fila contínua de pedestres e veículos no terminal de São Joaquim. Em Bom Despacho, o movimento é menor. Neste momento, o sistema Ferry-Boat opera com seis embarcações: Agenor Gordilho, Zumbi dos Palmares, Dorival Caymmi, Rio Paraguaçu, Pinheiro e Maria Bethânia. As saídas ocorrem a cada 30 minutos.


Operação Carnaval – Até 15 de fevereiro, o sistema irá dispor de oito ferries (sendo sete em tráfego e a outra para auxílio da operação nos momentos de manutenção obrigatória). A quantidade de embarcações em trânsito será de acordo com a demanda, considerando a disponibilidade delas a cada momento em razão das paradas obrigatórias já mencionadas. Nestes dias, as viagens extras serão realizadas sempre que a demanda aumentar, além disso, para promover atender ao grande fluxo esperado para o retorno do feriadão, o sistema vai operar por 24 horas de 8 para 9/2; de 9 para 10/2; e de 10 para 11/2, a partir Bom Despacho. 

Para verificar a disponibilidade de vagas para o serviço Hora Marcada, o cliente deve acessar o site https://portalsits.internacionaltravessias.com.br. A compra nesta modalidade é feita somente on-line, com pagamento através dos cartões de débito ou crédito.

A compra das passagens convencionais pode ser feita nos terminais com dinheiro ou por meio dos cartões de crédito e débito. A Internacional Travessias Salvador conta com Central de Atendimento ao Cliente (CAC), localizada no Terminal São Joaquim, aberta de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 7h às 13h (71 3032-0475 e cac@internacionaltravessias.com.br). 

BOLETIM FERRY-BOAT (manhã)

A manhã deste domingo (07) tem fila contínua de pedestres e veículos no terminal de São Joaquim. Em Bom Despacho, o movimento é menor. Neste momento, o sistema Ferry-Boat opera com sete embarcações: Agenor Gordilho, Zumbi dos Palmares, Dorival Caymmi, Rio Paraguaçu, Pinheiro, Anna Nery e Maria Bethânia. As saídas ocorrem a cada 30 minutos.
Operação Carnaval – Até 15 de fevereiro, o sistema irá dispor de oito ferries (sendo sete em tráfego e a outra para auxílio da operação nos momentos de manutenção obrigatória). A quantidade de embarcações em trânsito será de acordo com a demanda, considerando a disponibilidade delas a cada momento em razão das paradas obrigatórias já mencionadas. Nestes dias, as viagens extras serão realizadas sempre que a demanda aumentar, além disso, para promover atender ao grande fluxo esperado para o retorno do feriadão, o sistema vai operar por 24 horas de 8 para 9/2; de 9 para 10/2; e de 10 para 11/2, a partir Bom Despacho. 
Para verificar a disponibilidade de vagas para o serviço Hora Marcada, o cliente deve acessar o site https://portalsits.internacionaltravessias.com.br. A compra nesta modalidade é feita somente on-line, com pagamento através dos cartões de débito ou crédito.
A compra das passagens convencionais pode ser feita nos terminais com dinheiro ou por meio dos cartões de crédito e débito. A Internacional Travessias Salvador conta com Central de Atendimento ao Cliente (CAC), localizada no Terminal São Joaquim, aberta de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 7h às 13h (71 3032-0475 e cac@internacionaltravessias.com.br).