Translate

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O Carnaval pelos não carnavalescos



 Por Marcus Vergne

Os não carnavalescos, que ficam atrás das suas mesas, enterrados nas suas poltronas e ventilando os seus fundilhos no ar condicionado e ditando as normas para a festa, transformaram a grande festa de carnaval em meros desfiles de “estrelinhas televisivas".
Quando na quinta feira era anunciado pelo desfile do Rei Momo “já é carnaval”, a grande festa, tinha o seu grande diferencial na Bahia por ser um desfile do povo, pelo povo e para o povo, sem padrões pré-estabelecidos, onde cada folião era único e trazia na sua expressão ou na sua fantasia a sua novidade e/ou mensagem.
Cada bairro tinha o seu carnaval de forma mais homogênea, a festa, por ser mais pulverizada se tornava menos desconfortável, com receita financeira mais equalizada e por conseguinte bem menos violenta em função dessa homogeneidade. Pra você participar do Carnaval, bastava sair de casa independente de onde morasse. A festa acontecia onde ela acontecia, não necessariamente de forma ordenada, mas, com certeza mais festiva e mais equilibrada. Os palanques ou palcos montados para receber os músicos, animadores do evento, distribuíam animação por toda a cidade transformando Salvador numa só festa. Certamente que os repórteres e emissoras de rádio e televisão corriam atrás das notícias procurando divulgar o que fosse mais interessante porque o artista na realidade, (o folião), estava fora dos palcos fazendo a festa acontecer.
Com a interferência nociva das emissoras e dos “poderes” públicos, visando “burramente” um interesse imediatista puramente financeiro manipulam o carnaval (como diz Armandinho: "manipulam e não pulam"), transformando a festa nesse desfile “sem graça” de "estrelinhas"... que desafinam o tempo inteiro ou cantam músicas que mais parecem um monte de palavras bobas soltas em frases infantis acompanhadas por melodias compostas por quem certamente só toca violão lendo revistinhas de músicas que vende em bancas de revistas.... BAH!!!!
Sem saudosismo, mas sentindo falta de brincar o carnaval e não ter que ir a ridículos e desanimados e caros camarotes (programa prá turistas) ou idióticos e patéticos “adadás” pra ficar caminhando dentro de cordas de blocos olhando pra cima do trio, à espera da TV filmar pra que se possa demonstrar animação, verdadeiras pipocas dentro de uma panela... Esses sim são as "PIPOCAS"...!! Nada de circuitos ou curtos-circuitos de carnaval, a festa é um todo em toda a cidade!!!! Absurdo!! Até as (manipuladas) estatísticas de acidentes e incidentes durante a festa só computam o que acontece dentro do "circuito"... !!!
Adoro o Carnaval verdadeiro...!!!, do Campo Grande a Praça da Sé, o Carnaval do Pelourinho, os carnavais de bairros ou de onde naturalmente a emoção nos indica, os lugares aonde os trios elétricos atuais e a televisão não têm ido!!. Mais cômodo prá eles que montam as suas tendas e dizem que as notícias do Carnaval se restrinjem a aquilo!!!

Quem é a Televisão ou quem quer que seja que pode definir o percurso “oficial” do carnaval da Bahia?!!.. O Carnaval é uma festa da cidade... !!!
Foliões!!!..Não deixem que, quem quer que seja, imponha mais essas mudanças. Não deixem que tomem o carnaval do povo. Se vacilar logo-logo estarão cobrando taxas pra você sair de casa nos dias de Carnaval...!!! E se pular fora do local de interesse deles você será até punido...!!
Indignadamente;

Marcus Vergne
Músico / Cidadão

domingo, 24 de janeiro de 2016

Ventilador Arno Silence Force...Uma propaganda enganosa


Buscando um ventilador de qualidade, que nos proporcionasse um sono confortável, com vento satisfatório e que não agredisse o silêncio da noite, a funcionária das Casas Bahia, no município de Santo Antônio de Jesus-BA, me indicou o “Arno Silence Force”, como sendo o melhor equipamento a este propósito.

Sendo convencido pela funcionária bem treinada, comprei o produto. A propaganda foi realmente convincente...Mesmo sendo o mais caro da loja.

Chegando em casa à noite, sem o barulho da loja onde o ventilador havia sido testado, uma surpresa; Na velocidade máxima(a famosa turbo), não conseguimos dormir, pois o barulho promovido pelo "espetacular" lançamento TURBO SILENCE da ARNO, é insuportável, ou seja: Nessa velocidade não iríamos utilizar jamais. Agora, depois de quase dois meses de adquirido, o TURBO SILENCE, na velocidade média, a que utilizamos, a aceleração do ventilador fica oscilando com picos da velocidade máxima, média e mínima...Um martírio para o sono!


Portanto, recomendo a todos aqueles que manifestam interesse em comprar um ventilador bom, que não se deixem enganar pela Arno, que até então pra nós era o melhor fabricante deste tipo de equipamento. Caiu no descrédito, com esta PROPAGANDA ENGANOSA!

Estarei promovendo através deste espaço, a denúncia à esta articulada propaganda, onde a realidade da qualidade do equipamento é outra!

Fica aqui a oportunidade, caso seja do interesse desta empresa, em dar explicações sobre o mal feito...


Mauricio Vergne / Cidadão 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Facebook...Amigos sugeridos!


Atualmente, estou a tentar fazer amigos fora do Facebook … mas usando os mesmos princípios.
Todos os dias saio à rua e durante alguns metros acompanho as pessoas que passam e explico-lhes o que comi, como me sinto, o que fiz ontem, o que vou fazer mais tarde, o que vou comer esta noite e mais coisas.
Entrego-lhes fotos da minha mulher, da minha filha, do meu cão, minhas no jardim, na piscina, e fotos do que fizemos no fim de semana.
Também caminho atrás das pessoas, a curta distância, ouço as suas conversas e depois aproximo-me e digo-lhes que “gosto” do que ouvi, peço-lhes que a partir de agora sejamos amigos e também faço algum comentário sobre o que ouvi. Mais tarde, partilho tudo quando falo com outras pessoas.
E funciona…
Já tenho 3 pessoas que me seguem…
São dois policiais e um psiquiatra.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

As relações perigosas de Wagner


Documentos obtidos por ISTOÉ revelam diversos encontros entre o ministro e o empreiteiro Ricardo Pessoa e podem levar o chefe da Casa Civil para o centro da Lava Jato

Marcelo Rocha

Em março de 2014, às vésperas da Operação Lava Jato, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, encarregou Maria de Brotas Neves, secretária executiva da empresa, de providenciar um presente para um amigo. O destinatário era o então governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Maria de Brotas encomendou três garrafas do vinho Vega Sicilia Gran Reserva 2003, a R$ 2 mil a unidade, numa distribuidora de bebidas de São Paulo, para serem retiradas em Lauro de Freitas, na Grande Salvador. Era o aniversário de Wagner. O empresário fez um bilhete de próprio punho para ser entregue com a encomenda, em que felicitava o petista por mais um ano de vida. “Meu caro governador…”, escreveu Pessoa dois anos atrás, quando era desenfreada a roubalheira envolvendo contratos da Petrobras. De lá para cá, com o avanço da Operação Lava Jato, muito se revelou sobre as estreitas ligações entre empreiteiros e políticos. Relações, de acordo com as investigações, pautadas muito mais por interesses privados do que públicos. A descoberta do Petrolão levou Pessoa para a cadeia e hoje o empreiteiro cumpre prisão domiciliar por conta de um acordo de delação premiada.
WAG-02-IE.jpg
ACUADO 
Desde que colocou em prática o projeto de tornar o seu nome viável para 
uma possível candidatura presidencial, Wagner passou a ser alvo de intenso tiroteio

O momento atual é de apontar a participação dos políticos nos desvios feitos na Petrobras. Nesse contexto, as garrafas de vinho dadas a Wagner têm um significado mais amplo do que um regalo de aniversário. É a proximidade do atual ministro-chefe da Casa Civil com empreiteiros que o arrasta cada vez mais para o centro da Lava Jato. Nas próximas semanas, com o fim do recesso do Judiciário, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá pedir a abertura de inquérito para averiguar as denúncias contra Wagner.
Jaques Wagner já estava na alça de mira dos procuradores por causa dos diálogos expostos pelo celular apreendido de Leo Pinheiro, ex-presidente da Construtora OAS. Agora, ISTOÉ revela que o ministro também manteve uma estreita relação com o empreiteiro Pessoa, da UTC. Um documento que está no STF mostra que, além dos preparativos para a compra do vinho dado de presente ao então governador da Bahia, nas agendas do empreiteiro há referências diretas a pelo menos 12 encontros com o ex-governador entre 2011 e 2014. Há inclusive menção a uma reunião que o representante da UTC teria tido com um filho do petista. Esses documentos se somam ao material que chegou de Curitiba relacionado à OAS. Mensagens de telefone interceptadas apontaram a relação do ex-governador baiano com o ex-presidente da OAS. Assim como a UTC, a OAS é acusada de fraudar licitações da Petrobras. São conversas diretas entre os dois e também de interlocutores do governo da Bahia na segunda gestão de Wagner, entre 2011 e 2015. A Polícia Federal suspeita que os contatos eram para tratar de doações de campanha para a candidatura de Nelson Pellegrino (PT) à prefeitura de Salvador em 2012. Foram identificadas mensagens de texto trocadas entre agosto de 2012 e outubro de 2014 em que há negociação de apoio financeiro ao candidato petista e também pedidos de intermediação do governador com o governo federal em favor de empresário. “É feio”, assim foi classificado na PGR o teor das conversas.
01.jpg
O ESTALEIRO 
Agora, a Procuradoria da República vai tentar obter os detalhes dos encontros mantidos entre Pessoa e Wagner. Em delação premiada, o empreiteiro afirmou que o atual ministro da Casa Civil era um dos governadores que estavam na “linha de interesse” da UTC Engenharia e, por isso, ajudou a financiar sua campanha. Em um primeiro depoimento, o empresário disse que nada foi pedido em troca, mas que os valores repassados abririam “portas de acesso e o colocavam em posição de destaque”. Em 2010, a UTC doou R$ 2,4 milhões à campanha de Wagner. No ano seguinte, a empresa embarcaria num negócio milionário. Foi criada a Sete Brasil, formada com capital de bancos, fundos de pensão e da própria Petrobras, para fornecer sondas de exploração do óleo na camada do pré-sal. A Sete Brasil contratou estaleiros para construir os equipamentos. Um deles foi instalado na Bahia, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EPP), assumido pelo consórcio formado por quatro empresas, entre elas a UTC e a OAS, com investimento de R$ 2 bilhões. Em julho de 2012, a presidente Dilma Rousseff e Wagner lançaram a pedra fundamental do empreendimento, em Maragogipe (BA), a poucos quilômetros de Salvador.

02.jpg
Em seu discurso, Dilma enalteceu os feitos de seu governo em prol do crescimento do País e a retomada dos investimentos na indústria naval. Estava lá também Sérgio Gabrielli, que assumira a Secretaria de Planejamento do governo baiano após ser substituído por Graça Foster no comando da Petrobras. Mas surgiu a Operação Lava Jato, e os projetos vinculados à Sete Brasil foram interrompidos. Muitos deles acumulam hoje milhões de reais em prejuízos. As investigações da Polícia Federal, da Procuradoria da República no Paraná e da CPI da Petrobras lançaram graves suspeitas em torno dos contratos da Sete. Em delação premiada, o ex-gerente de Serviços da Petrobras e delator Pedro Barusco afirmou que os contratos das sondas envolviam o pagamento de propina de 1%, dividida entre o PT e diretores da Petrobras, na proporção de dois terços e um terço, respectivamente. A propina, segundo Barusco, seria operacionalizada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em Curitiba desde o início de 2015.
04-2.jpg
 
Uma vez conhecida a agenda de Pessoa, o empresário já incluído em um programa de privilégios por causa da delação premiada deverá prestar novos esclarecimentos. Procurado pela ISTOÉ, o chefe da Casa Civil confirmou os encontros com Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, para tratar do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, mas negou envolvimento em qualquer irregularidade. “O ministro Jaques Wagner tem relações institucionais com empresários, o que é importante para o diálogo e a convivência com os setores da produção sempre de forma transparente e digna. O ministro desconhece e repudia qualquer negociação de propina em benefício de quem quer que seja”, afirmou a nota enviada pela assessoria do ministro. Wagner disse ainda que Pessoa é empresário conhecido na Bahia e sua relação com ele é institucional. “Os encontros se referem a agendas de trabalho.” É normal que governadores e empreiteiros se reúnam para discutir obras de grande porte nos estados. O que a Lava Jato tem descoberto, porém, é que muitas dessas obras fizeram parte de um enorme propinoduto e que esses encontros muitas vezes foram pautados para definir a distribuição da propina. Caberá à investigação apurar o que efetivamente foi tratado em cada reunião. Inclusive na que colocou em uma mesma sala o empreiteiro e o filho do ex-governador.
05.jpg
Em Curitiba, os procuradores da Lava Jato já têm a informação de que houve propina nas obras do Estaleiro Enseada do Paraguaçu. Desde o ano passado, Wagner coleciona menções na Lava Jato. Nas contas eleitorais de 2006 do ex-governador foi registrada uma doação da Piemonte Empreendimentos LTDA, controlada pelo lobista Julio Camargo, delator da Lava Jato. A Piemonte doou R$ 50 mil à campanha do então candidato ao governo da Bahia. Outro colaborador, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou à PF que campanhas ao governo da Bahia e a prefeituras no estado foram beneficiadas com dinheiro desviado da estatal. Costa sustentou que os recursos foram viabilizados pela Gerência Executiva de Comunicação, subordinada ao então presidente da companhia Sérgio Gabrielli. O delator não apontou quais os caixas eleitorais teriam sido irrigados com valores ilícitos. Wagner venceu as eleições em 2006 e 2010. Após deixar a Petrobras, em 2012, Gabrielli assumiu o comando da Secretaria de Planejamento na gestão do petista. Uma auditoria da Petrobras constatou fraudes e desvios em pagamentos autorizados pela Gerência de Comunicação da Diretoria de Abastecimento, área comandada por Costa, envolvendo duas produtoras de vídeo. Essas empresas trabalharam nas campanhas do ex-governador baiano e de duas prefeitas do PT e receberam R$ 4 milhões da estatal em 2008. Ambas foram contratadas sem licitação.
06.jpg
Investigação 
O procurador-geral Rodrigo Janot deverá pedir a abertura de
inquérito para averiguar as denúncias contra Wagner

As denúncias contra o ministro chegam no momento que Wagner procura se viabilizar como uma espécie de plano B petista para a sucessão de Dilma. Lula gosta muito do ex-governador da Bahia, tido nos bastidores como bom negociador. Ele atuou como bombeiro do governo no escândalo do mensalão, esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do ex-presidente. Ganhou o apelido de “Pacificador”. São qualidades de Wagner, segundo seus interlocutores, a paciência e a capacidade de conversar. O ex-governador ocupou alguns cargos no Executivo Federal. Foi ministro do Trabalho, coordenador do Conselho de Desenvolvimento Enconômico e Social até assumir, em 2005, a Secretaria de Relações Institucionais. O ex-presidente credita a ele a articulação que levou Aldo Rebelo para a Presidência da Câmara, o que contribuiu para viabilizar sua recondução ao Palácio do Planalto em 2006. Cumprida a missão, Wagner partiu para a Bahia. Venceu as eleições e se reelegeu em 2010. Conseguiu fazer o sucessor, o governador Rui Costa (PT). Ainda governador, indicou o ex-ministro e ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA), um dos investigados na Lava Jato, para vaga vitalícia de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. Nem tomou conhecimento das suspeitas que pesavam contra o aliado. Lula queria o ex-governador na Casa Civil desde o início do segundo mandato de Dilma, mas a presidente optou por Aloizio Mercadante. Wagner ficou na pasta da Defesa. Agora, na Casa Civil, abriu o ano trocando farpas com lideranças petistas e se apresentando como principal porta-voz de Dilma, num movimento para cacifá-lo como alternativa petista ao Palácio do Planalto em 2018. Lula e de Dilma se entenderam nas últimas semanas sobre tal estratégia. Mas tem uma Operação Lava Jato em curso.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

SISTEMA FERRY-BOAT DISPONIBILIZA VAGAS EXTRAS PARA O HORA MARCADA DURANTE O CARNAVAL

Por Flávia de Oliveira:

Devido a grande procura por vagas no serviço Hora Marcada (exclusivo para veículos e respectivos passageiros) do sistema Ferry-Boat durante o período do Carnaval, a administradora, Internacional Travessias Salvador, disponibilizou 1.050 novas vagas, distribuídas da seguinte forma.  Nos dias 5 e 6 de fevereiro, nos horários 1h, 2h, 3h e 4h, com saídas a partir do terminal São Joaquim; e para o terminal Bom Despacho, no dia 9/02 às 1h, 2h, 3h, 4h e 5h; além dos dias 10 e 11 de fevereiro às 1h, 2h, 3h e 4h.

Ao todo, estão sendo ofertadas mais de 21.000 mil vagas para o serviço Hora Marcada. Com venda exclusiva pela internet, para verificar a disponibilidade atual de vagas e efetuar a compra, o cliente pode acessar o site https://portalsits.internacionaltravessias.com.br. O pagamento para esta modalidade pode ser feito através dos cartões de débito ou crédito. Para ter mais informações sobre o serviço Hora Marcada, o cliente pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (CAC), localizada no Terminal São Joaquim, aberta de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 7h às 13h (71 3032-0475 e cac@internacionaltravessias.com.br).

A empresa informa que está com o planejamento para o funcionamento durante o Carnaval fechado, e irá divulgar todos os detalhes mais próximo ao primeiro dia desta operação especial. O esquema diferenciado terá início dia 29/01 e seguirá até 15/02. 




sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Enquanto o Brasil mostra-se em férias...Segue a Avalanche do Melado

Texto sugerido por Eduardo Cardoso Ribeiro
Por Maria Lucia Victor Barbosa:

Nos noticiários as TVs apresentam amenidades, acidentes, notícias do exterior, poucas notas políticas. Tudo repetido à exaustão. O Brasil de férias quase não toma conhecimento dos recorrentes assaltos à coisa pública, que vão sendo descortinados por delatores loucos para salvar a pele. Eles venderam a alma ao "diabo" do PT e agora estão pagando com juros e correção monetária.
Enquanto isto o melado com o qual o PT se lambuzou continua a percorrer distâncias e vai envolvendo figuras do alto escalão governamental. Parece a lama sinistra que se abateu sobre o distrito de Mariana soterrando tudo, matando gente, invadindo lonjuras, contaminando rios, confiscando o azul dos mares. Foi a maior catástrofe ambiental já havida no País, assim como a avalanche de melado da corrupção da era PT não tem comparação com as roubalheiras do passado, tal seu grau de institucionalização e volume.

Interessante é que o autor da frase, "o PT se lambuzou", ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, agora se encontra lambuzado, sendo que outros ministros comeram também bastante do melado. Pelo menos é o que se lê no O Estado de S. Paulo, de 8 de janeiro de 2016:
"Lava Jato – Além de Jaques Wagner, Edinho Silva (Comunicação) e Henrique Alves (Turismo) são citados em diálogos do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, condenado a 16 anos de prisão".
Também é mencionado no respectivo jornal o atual presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Ao mesmo tempo, o notório Cerveró, ex-diretor da Petrobras, menciona Jaques Wagner em algumas grossas, como diria Lula da Silva, maracutaias.

Nada acontece com o presidente de fato, que depôs pela quarta vez na Polícia Federal sobre uma generosa medida provisória que beneficiou um de seus filhos. E enquanto seus outrora "amigos íntimos", aqueles que privaram de sua intimidade, que festejaram juntos em magníficos banquetes, que se divertiram com Brahma em suntuosas viagens estão vendo o sol nascer quadrado, "o pobre operário" segue indiferente à desdita dos companheiros de partido e "das zelites". Não sei se esse traço de personalidade é próprio da humanidade como um todo ou mais acentuado em certos indivíduos sem caráter.
Em todo caso, o espertíssimo ex-presidente da República, grande beneficiado da locupletação geral não sabe de nada, não viu nada e, se duvidar, não conhece nenhum imbecil que caiu na esparrela, conforme taxou o senador petista e ora detento, Delcídio Amaral.
Lula da Silva foge dos "imbecis" como o diabo da cruz. Eles podem contaminar seu projeto de poder. Afogá-lo no pote de melado. No momento vislumbra-se apenas um fiozinho de melado a lhe escorrer pela barba. Foi posto por Cerveró que o mencionou quase que de passagem, a lembrar de que até a sorte acaba um dia nesse mundo de finitudes. Nada, porém, de previsões açodadas porque Brahma ou Boi até agora escapou. Ele conta com proteções internas e possivelmente externas, como as do Foro de São Paulo.
Há de se convir que o PT ainda detém força suficiente para evitar males piores. Exemplo disto foi o anteparo do STF que evitou por duas vezes o impeachment de Rousseff, com evidente e indevida intromissão no Legislativo. Ela ficará por mais três anos sem nenhuma condição de governabilidade, fazendo discursos que são peças de propaganda enganosa a se desmanchar na primeira ida das donas de casa ao supermercado. Enquanto isso o País afundará cada vez mais na recessão e na sua insignificância de potência regional sul-americana, a ser suplantada pela Argentina sob a presidência de Mauricio Macri.

Seguem-se outros exemplos do poder petista, como aqueles que tentam torpedear a extraordinária e inédita Operação Lava-Jato. É o caso do chamado desmonte da PF através do corte de R$ 133 milhões no seu orçamento. Foi votado no Congresso, mas tem evidente dedo do Executivo. Outro exemplo foi o da medida provisória assinada por Rousseff, que altera as bases da Lei Anticorrupção. Desse modo, se aprovada no Congresso empresas corruptas poderão fazer acordos de leniência com a CGU sem precisar colaborar com as investigações nem prestar contas ao TCU. Também poderão fechar contratos com o governo e receber verbas públicas. Não faltam também investidas do ministério da Justiça contra o competente e ilibado juiz Sérgio Moro.

Sem dúvida, o PT resiste diante do mar de melado que o submerge. Seu grande teste, porém, será nas eleições municipais desse ano. Se o povo achar que são lícitas as doçuras corruptas do poder, enquanto amarga a inflação, o desemprego, a inadimplência, ótimo para os petistas. Se não Lula terá, em 2018, que pensar em outro plano B.
No passado escolheu José Dirceu, depois Antonio Palocci e deu no que deu. Agora Jaques Wagner era (ou é?) o plano B, mas comeu muito melado. Dilma, a "faxineira", vai mantê-lo no cargo? Certamente, mas nem tomando banho de ervas e sal grosso, Jaques Wagner, codinome compositor, se livrará do melado.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Governo da Bahia banca cachê a Ivete Sangalo e Bell Marques, que daria pra pagar um plantonista no HGE por 20 anos

Eles são tão queridos...


Ainda repercute o polêmico cachê de R$ 500 mil para a cantora Ivete Sangalo e R$ 340 mil para o cantor Bell Marques, para desfilarem sem cordas no primeiro dia do Carnaval 2016, pagos pelo Governo do Estado da Bahia, este que ao longo de 2015 se desfez de pelo menos três empresas, causou demissões e ainda anuncia cortes no orçamento e cortes nos direitos trabalhistas dos servidores públicos estaduais.
O médico plantonista Djalma Duarte, CREMEB 8072, postou um emocionante desabafo em sua página na rede social Facebook. Ele alega que esse valor total R$ 840 mil, daria para pagar a um plantonista no HGE, por 20 anos de trabalho.
Leia o relato a íntegra:
“Acabo de chegar em casa depois de um plantão de 12 horas no Hospital Geral do Estado e, ao ler essa notícia que anexei (“Ivete e Bell recebem R$ 840.000,00 do governo para tocar sem cordas”), fiquei revoltado e me perguntando se o Governador Ruy Costa sabe dos seguintes detalhes:
1) Mais um plantão em que eu e um outro colega trabalhamos sozinhos em uma triagem de emergência para atender um número tão grande de pacientes externos e internados (9 deles em situação grave e indicação de UTI, monitorizados, alguns intubados), com o auxílio de apenas uma ou duas enfermeiras e alguns poucos auxiliares de enfermagem, um ABSURDO TOTAL.
Éramos 3 médicos até 6 meses atrás, mas precisaríamos de algo em torno de 5 para um atendimento, digamos… humano. Um dos médicos (lembram aquele que eu vinculei em um artigo anterior, cerca de 6 meses atrás, quando usei o título “Os amigos do rei”?) saiu aparentemente de licença médica e, IMAGINEM O DESCASO COM A SAÚDE, nunca retornou e não colocaram nenhum substituto, APESAR DO CHEFE DE PLANTÃO fazer essa solicitação diversas vezes! Ou seja, éramos 3, precisávamos de mais dois, mas acabou SAINDO MAIS UM.
A desculpa? – “FALTAM RECURSOS”. Pois é gente… DINHEIRO, porque médico não falta, se o Governador ou o Secretário de Sáude tiver alguma dificuldade de encontrar plantonistas, peço que me liguem que eu gastarei uns 15 minutos para encontrar uns 10 colegas dispostos a trabalhar. Mas para pagar a Ivete e Bell o governador tem dinheiro – essa quantia relatada aí na reportagem daria para pagar um plantonista por cerca de DUZENTOS E QUARENTA MESES, isso mesmo, 20 anos… esses políticos são ou não são piores que um câncer?
Imaginem vocês o que representa uma situação dessa: tenho alguns poucos minutos para atender e resolver o problema de um paciente, alguns segundos de espaço entre um e outro atendimento e NENHUM momento de descanso… MAS, será que todos têm esse gosto e essa determinação em tentar resolver tudo, será que todo chefe de plantão fica feito o nosso andando pra lá e pra cá feito doido pra tentar resolver tudo? – óbvio que não, nem têm obrigação de cobrir os erros do governo. Se o movimento aumentar 10% ocorrerão mortes a cada hora por falta de atendimento.
Para os senhores terem uma idéia dos que atendi sob internamento e acompanhei hoje, só eu (não estou contando o que o meu colega atendeu): um Acidente Vascular Hemorrágico gravíssimo + dois choques sépticos + um Edema Agudo de Pulmão + uma insuficiência respiratória por acidose + uma insuficiência cardíaca + uma provável embolia pulmonar. Todos com prontuários FEITOS por mim, detalhadamente, e IMPRESSOS EM COMPUTADOR (que, por sinal, eu levo de casa porque FALTAM RECURSOS à SESAB, já pedi diversas vezes e, como nunca fui atendido, levo o meu computador e a minha impressora). Os que atendi e liberei foram muitos, dois deles eu mandei para o ambulatório da Mansão do Caminho para ficarem sob os meus cuidados porque, se eu não fizer isso, não iriam encontrar atendimento do SUS e morreriam à míngua.
2) Precisei de Ecocardiograma para três pacientes graves e, IMAGINEM, a colega que faz esse exame está de licença e, PASMEM, não colocaram substituto… MAIS AINDA, a que trabalha na quinta está de férias e, IMAGINEM, não colocaram substituto… MAIS AINDA, só tem profissionais fazendo Ecocardiograma na maior emergência pública da Bahia esses dois dias na semana; resumindo: estamos sem Ecocardiograma no HGE durante todo o mês, sem esse exame é quase impossível lidar com pacientes cardíacos; resultado, tratamento inadequado e possível aumento de mortalidade. Porque isso ocorre? – “FALTAM RECURSOS”. Pois é gente… DINHEIRO, porque Ecocardiografista não falta e o aparelho está lá, parado quase o tempo todo porque não contratam médicos; se o Governador ou o Secretário de Saúde tiver alguma dificuldade de encontrar esses profissionais, peço que me liguem que eu gastarei uns 15 minutos para encontrar uns 10 colegas dispostos a trabalhar.
Com o dinheiro que eles vão dar para esses dois cantores poderíamos colocar o aparelho de Ecocardiograma para funcionar TODOS OS DIAS, durante 34 meses, isso mesmo, dois anos e dez meses. Mas eles vão dar R$ 840.000,00 para uma comemoração de Carnaval, apenas cerca de 6 horas para cada cantor.
3) Pra finalizar, ainda temos que lidar com uns idiotas que chegam à emergência achando que o pessoal de saúde é palhaço de circo. Uma filha de paciente queria porque queria que eu desse alta à mãe dela (apenas três horas depois de internada) ANTES dos resultados de laboratório, acusando a Nutrição e a Enfermagem de descaso (MENTIRA, ela queria era ir embora para sentar a bunda em frente a uma televisão) – desse tipo de gente que não consegue ficar tomando conta dos pais por duas horas seguidas sem ficar desesperado para ir embora… conhecem? – dei-lhe um esporro, ela desistiu de assinar alta a pedido, mas fez uma cena enorme dizendo que eu sou “inconveniente”… sou mesmo, para brigar por um paciente sob meus cuidados compro qualquer briga. Ela conseguiu a alta depois, ao meu ver indevidamente, mas não com a minha assinatura. Quer ver um cara “brabo”? – mexa com paciente meu”.

Fonte: bahianoar

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

2016 é por sua conta


Por: Mauricio Vergne


Que as coisas boas de 2015 se repitam, que as ruins sejam esquecidas e que tenham servido de aprendizado.
Não se cobre tanto para fazer um ano novo melhor, apenas faça bem feito a sua parte. A contabilidade da nossa existência é precisa. Nós somos os responsáveis pelo resultado das contas!
Desejo que faças com coerência, sensatez e sobretudo com muito amor a sua matemática em 2016. Vai dar tudo certo!


Mauricio Vergne / Blog da Ilha