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sábado, 18 de abril de 2015



Camargo Corrêa admite propina 

de R$ 110 mi, diz jornal

Eduardo Leite, vice-presidente da construtora revelou, em delação

 premiada, que valores foram repassados a Renato Duque e 

Paulo Roberto Costa

 - Atualizado em 



Eduardo Leite, vice presidente da Camargo Correa
Eduardo Leite, vice presidente da Camargo Corrêa, foi preso em novembro de 2014,
 mas solto por acordo de delação premiada
Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da construtora Camargo Corrêa,
 admitiu em delação premiada que a empreiteira pagou 110 milhões de reais
 em propina, entre 2007 e 2012, no esquema de corrupção da Petrobras. 
Eduardo, que foi detido em novembro de 2014, na sétima fase da Operação
 Lava Jato e solto após a Justiça homologar o acordo de delação premiada,
 contou que 63 milhões de reais foram repassados à Renato Duque, 
ex-diretor da área de Serviços da Petrobrás, e os outros 47 milhões de
 reais ao ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. As informações
 são do jornal O Globo.
O vice-presidente da constutora contou que a propina foi paga por
contratos nas refinarias de Araucária (Repar), Abreu e Lima (Rnest), em
Pernambuco,  e Henrique Lave (Revap), em São Paulo. Ele informou que os
 custos da propina já faziam parte do planejamento da Camargo Corrêa e
que os contratos assinados com a Petrobras após 2007 tinham um adicional
 para cumprir "compromissos e obrigações" com Júlio Camargo, consultor
 e empresário envolvido no esquema.
De acordo com o jornal, caberia a Júlio "lavar" a propina paga a Renato 
, que, por sua vez, nega participação no esquema. Pedro Barusco, outro 
ex-diretor de Serviços da Petrobrás que teria recebido propina, fez acordo
 para devolver 97 milhões de dólares que recebeu de suborno em quase 20
anos.
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, contou, também em 
delação premiada, que pagou 20 milhões de reais à empresa de Júlio
 Camargo, como "uma obrigação comercial sem a qual os negócios não
 seriam fechados". Avancini também afirmou que a Odebrecht comandava
o chamado "clube das empreiteiras, pois chefiava as obras do Complexo 
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o principal projeto da Petrobras.

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