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sábado, 6 de junho de 2020

EMPRESÁRIA ACUSADA DE FRAUDE NA COMPRA DE RESPIRADORES DIZ QUE NEGOCIAÇÃO FOI FEITA COM BRUNO DAUSTER, SECRETÁRIO DE RUI COSTA QUE SE DEMITIU ONTEM

A dona da empresa Hempcare, Cristiane Tadeo, presa aqui em Salvador e investigada por fraude pela venda de respiradores que não forem entregues aos estados do Nordeste, disse em entrevista a TV Bahia que 99,9% das negociações com o consórcio de estados do Nordeste foi feita com o ex- Chefe da Casa Civil do Estado da Bahia, Bruno Dauster, que pediu sua exoneração do governo do Estado ontem (04), alegando problemas pessoais.
O pedido de exoneração causou surpresa já que Dauster é um dos principais auxiliadores do governador Rui Costa e considerado um dos homens fortes do governo, sendo, inclusive, um dos principais negociadores do governo nas operações com a China. Em nota, o ex-secretário, que deve ser ouvido na operação Ragnarok, disse que vai colaborar nas investigações e que sempre pautou sua atuação tanto no setor público quanto no setor privado pela ética e pela transparência.
A Bahia receberia 60 respiradores, num total de R$ 10 milhões pagos pelo governo baiano. A compra total pelo Consórcio Nordeste custou R$ 49 milhões, cujo paradeiro ainda é um mistério. A empresa Hempcare, da empresária Cristiane Tadeo era especializada em venda de óleo de cannabis, remédio utilizado no mercado medicinal. (Veja aqui)
Entenda o caso: 

EMPRESA QUE FRAUDOU VENDA DE RESPIRADORES AOS ESTADOS DO NORDESTE, COMERCIALIZAVA ÓLEO DE CANNABIS. VEJA QUEM SÃO OS EMPRESÁRIOS


A operação Ragnarok, da Secretaria de Segurança da Bahia, através da Polícia Civil, contra a empresa Hempcare, que vendeu e não entregou respiradores ao Consórcio do Nordeste, desviando R$ 48,7 milhões chamou atenção pelo tipo de empresa envolvida e pelo tipo de empresários que conseguiu mobilizar tamanha quantidade de recursos sem qualquer condição para isso.
A empresa HempCare, cujos proprietários dão Cristiana Prestes Taddeo e Luiz Henrique Ramos Jovino, (foto) presos ontem na operação, é uma empresa, criada em julho de 2019, cujo objetivo é a importação de medicamentos, especialmente o óleo de Cannabis, como aliás, está especificado no nome Hemp, identificado com a maconha. Essa empresa, com R$ 100 mil de capital social, dificilmente teria condições de viabilizar um contrato de quase R$ 50 milhões. A CEO da empresa, a farmacêutica Cristina Prestes, que fazia palestras sobre os benefícios do Cannabis,  se dizia representante de uma empresa chinesa, através de uma contrato falsificado, e é responsável pela distribuição e venda de aparelhos da Biogeoenergy, que nunca produziu equipamentos hospitalares e cuja atividade principal é a fabricação de fornos industriais e equipamentos não-elétricos para instalações térmicas, sediada em Araraquara.
O grupo GeoTerra, a qual ela pertence, é especializada em energia eólica, silos e armazenagens e nunca produziu um aparelho médico.  O CEO desta empresa, Paulo de Tarso Carlos, o último na foto, também preso na operação, é um empresário da cidade de Franca, em São Paulo, investidor em imóveis, e conhecido no mercado agropecuário e de energia.  Com empresas e empresários desse quilate, a operação que os prendeu foi bem batizada: Ragnarok, é um jogo muito louco baseado na mitologia nórdica.

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