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quinta-feira, 26 de março de 2015

The Economist: brasileiros foram vítimas de estelionato

Para revista britânica, não é difícil entender porque milhares de brasileiros foram 

às ruas protestar contra a presidente no último dia 15 de março




A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de sanção da lei do Novo Código de Processo Civil, no Palácio do Planalto em Brasília (DF), nesta segunda-feira (16)
Revista britânica The Economist alega que a presidente Dilma Rousseff venceu 
as eleições de 2014 vendendo "uma mentira"(Evaristo Sá/AFP)
A revista britânica The Economist publicou um novo editorial sobre o
Brasil na edição que chega às bancas neste final de semana. Intitulada
 "Lidando com Dilma", a publicação aponta os motivos que deixam
 brasileiros "fartos" da presidente. Para a Economist, Dilma mentiu na
campanha e os eleitores estão percebendo que foram vítimas de um
"estelionato eleitoral". 
"Mas um impeachment seria uma má ideia", diz a revista.
"Não é difícil ver por que os eleitores estão com raiva", afirma a publicação.
 "Ela presidiu o conselho da Petrobras de 2003 a 2010, quando os promotores
 dizem acreditar que mais de 800 milhões de dólares foram roubados em 
propinas e canalizados para os políticos do PT e aliados", diz.
              Além disso, a revista afirma que Dilma venceu as eleições presidenciais de
                outubro "vendendo uma mentira". "De fato, como muitos eleitores estão


 percebendo agora, Dilma vendeu uma mentira", diz o texto. A revista diz que
 os erros cometidos no primeiro mandato de Dilma levaram o Brasil à situação
de crise atual, que exige corte de gastos públicos e aumento de impostos e juros.
 "Some-se a isso o fato de que a campanha de reeleição pode ter sido parcialmente financiada pelo dinheiro roubado da Petrobras. Os brasileiros têm todos os motivos para sentirem que eles foram vítimas de um equivalente político do estelionato", diz o texto.
Apesar das palavras duras, o editorial da The Economist afirma que o impeachment 
pode ser "um exagero emocional". "A legislação brasileira considera que presidentes
 podem ser acusados apenas por atos cometidos durante o atual mandato", diz o texto. "E, ainda que muitos políticos brasileiros achem que a presidente é dogmática
ou incompetente, ninguém acredita seriamente que ela enriqueceu. Contraste com
Fernando Collor que embolsou o dinheiro."
O editorial também afirma que as instituições estão trabalhando para punir os
criminosos. "Um impeachment iria se transformar em uma caça às bruxas que
enfraqueceria as instituições, que ficariam politizadas", diz o texto, que pede que
Dilma e o PT assumam as responsabilidades "pela confusão que ela fez no primeiro
mandato, em vez de se tornarem mártires do impeachment". "Ter Dilma no
 gabinete  fará com que os brasileiros estejam mais propensos a entender que as velhas políticas é que são as culpadas, não as novas."

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