Mais uma 'grande' ideia de Lula se
esvai: a estratégia de refino da
Petrobras
Em carta aos acionistas publicada nesta quarta-feira, junto com o balanço,
o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que há uma mudança
de estratégia em curso: a estatal deixará de apostar seus esforços na
atividade de refino - uma das grandes bandeiras do governo Lula - e
voltará seu foco para a exploração, que é mais rentável.
Antes tarde do que nunca. Os investimentos em refino sempre foram alvo
de crítica da parte dos investidores, pela alta demanda de aportes
financeiros e o baixo retorno aos acionistas - devido aos altos custos de
produção no Brasil.
Também foram as refinarias os principais dutos de desvio de dinheiro da
estatal, conforme apuração da Polícia Federal e do Ministério Público ao
longo das investigações da Lava Jato. "Estamos revendo nossos
investimentos com o objetivo de priorizar a área de exploração e produção
de petróleo e gás, nosso segmento mais rentável. Almejamos construir
um plano sustentável sob a ótica do fluxo de caixa, levando em
consideração os potenciais impactos na cadeia de suprimentos e, por
conseguinte, na nossa curva de produção", disse Bendine.
As refinarias da Petrobras projetadas no governo Lula, além de tudo,
são aptas para a produção de diesel. Ou seja, não aliviam em quase nada
a demanda interna por gasolina. Em 2014, a estatal importou 805 mil
barris de petróleo e derivados por dia - alta de 2%. Somente em derivados,
como a gasolina, a alta foi de 6%.
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