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domingo, 7 de junho de 2020

Ferry-boats e lanchas só pararão, quando a Ilha de Itaparica - BA, entrar em colapso... 

No Brasil, enquanto o coronavírus  já matou quase 27 mil pessoas, o transporte marítimo de turistas e visitantes segue tranqüilo pela Baía de Todos os Santos para a Ilha de Itaparica. 

A Ilha, neste período de pandemia não está recebendo somente turistas. Algumas  pessoas que possuem casas  de veraneio na Ilha de Itaparica, acham-se no direito de ir e vir, outras,  que possuem parentes e amigos não param de realizar a travessia Salvador X Itaparica. A cidade de Salvador é o epicentro da pandemia da Bahia, com mais de 7 mil casos confirmados.

Recentemente, um rapaz nativo sem saber que estava contaminado com a COVID-19 visitou a família em uma comunidade da Ilha, jogou bola, falou com amigos e tomou banho de mar. Em Salvador, testou positivo para o novo coronavírus. E agora? 

Um outro fato é que, com lojas e mercados lotados, nem parece que estamos no dito “inverno” da Ilha de Itaparica, pois o soteropolitano, não morador da ilha, sente-se autorizado a freqüentar este lugar e nada tem impedido o grade fluxo de circulação de pessoas pelas ruas da Ilha de Itaparica, como também a livre travessia pela Baia de Todos os Santos. Tal circulação de pessoas é desaconselhável pelas autoridades científicas neste momento de contaminação comunitária pelo coronavírus.


Para o governador da Bahia, Rui Costa, já estamos chegando em um “platô”, momento em que os casos de infectados começam a diminuir. Será? Aqui na ilha isso não parece verdade. Já estamos com aproximadamente 36 pessoas infectadas. 

Em suas entrevistas, Lives e posts nas Redes Sociais  Marcus Vinicius, prefeito de Vera Cruz e Marlylda Barbuda, prefeita de Itaparica, apresentam constantemente as informações e ações que são realizadas nos dois municípios que compõem a Ilha de Itaparica. Nota-se o esforço e dedicação dos dois gestores no combate a fatídica pandemia. Nestes requisitos, precisamos parabenizá-los. 

No entanto, quanto à paralisação do Ferry Boat e das lanchas,  percebe-se uma neutralidade e falta de diálogo entre os dois gestores.   Será que a paralisação do transporte marítimo só ocorrerá em caso de colapso? 

Só existe uma forma de conter o avanço do vírus na Ilha? A união da prefeita de Itaparica com o prefeito de Vera Cruz, pois estamos no mesmo mar e a maré quando sobe, sobe para todo mundo.  

O arquipélago de Fernando de Noronha , por exemplo,ficou sem viagens e turistas o que resultou na diminuição de casos da COVID-19.

A Barca / Ferry Boat que liga Niterói ao Rio de Janeiro foi paralisada. E olhe que o Rio de Janeiro possui o maior índice de mortes no Brasil por número de habitantes. 

No Amazonas, o transporte de barcos foi paralisado para conter o avanço da pandemia, fato que demorou de acontecer e hoje vários indígenas estão infectados e milhares de pessoas estão mortas.

*Ilustração: Mauricio Vergne / Blog da Ilha
*Texto: Professor Silvano Sulzart
*Insta: @silvanosulzart

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