A estratégia adotada por Sérgio Cabral Filho na recente audiência perante o juiz Marcelo Bretas teve a orientação metódica do advogado Rodrigo Rocca. Isto é inquestionável. Houve até ensaio no presídio.
A intenção é provocar um cenário de suspeição sobre o juiz Marcelo Bretas, exatamente como vem tentando fazer a defesa do ex-presidente Lula com o juiz Sérgio Moro.
No caso de Lula, não obtiveram sucesso. Cristiano Zanin e sua trupe foram derrotados em todos os recursos.
Rocca, o advogado de Cabral, por sua vez, tem esperanças, notadamente em função das desavenças havidas entre o juiz Bretas e o ministro Gilmar Mendes.
Por outro lado, o que se observa é que esta nata da advocacia brasileira, que presta serviços para políticos envolvidos em casos escabrosos de corrupção, não tem qualquer compromisso com a decência.
Poderiam até ser mais eficientes se mantivessem o respeito e a ética em seu modo de agir.
Não. A opção é pela tentativa de macular a reputação de um magistrado.
O que Cabral fez na audiência é inadmissível. Um verdadeiro show de petulância e atrevimento.
O jornalista Augusto Nunes resumiu com propriedade: “O ex-governador gatuno declarou-se ‘injustiçado’, acusou o juiz de querer projetar-se às custas de um benfeitor da população fluminense, redefiniu o conceito de propina, insinuou que sabe o suficiente para roubar também a segurança de Bretas e sua família.”
Diante disso, prossegue o jornalista: “Foi punido com a transferência para um presídio menos exposto à influência da Famiglia Cabral. É pouco. O Flagelo do Rio merece ser transformado numa das evidências ambulantes de que o cumprimento da pena deve começar tão logo a sentença seja confirmada em segunda instância.”
Perfeito. Abaixo Gilmar Mendes e suas sandices.
Via: jornaldacidadeonline.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não serão publicados comentários sem identificação do autor.
Também serão rejeitadas palavras de baixo calão e mensagens-propaganda, onde serão consideradas spams.